Centenas de alunos do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), em Lisboa, tiveram, esta quarta-feira, um dia de praxe diferente e solidária, pintando quatro edifícios degradados do bairro da Ajuda na capital portuguesa.
Centenas de alunos do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), em Lisboa, tiveram, esta quarta-feira, um dia de praxe diferente e solidária. Munidos de rolos, trinchas e 1.500 litros de tinta, os jovens estudantes uniram-se e pintaram quatro edifícios do bairro da Ajuda na capital portuguesa.
A iniciativa lançada pela Associação de Estudantes daquele instituto levou cerca de 400 caloiros e outros tantos “veteranos” ao bairro lisboeta para cobrir com tinta branca os “graffitis” e as fendas que degradavam a aparência da capela, da escola primária, dos balneários e do centro de saúde que se encontram a paredes meias com o estabelecimento de ensino superior.
Em declarações à Lusa, Marcelo Fonseca, de 22 anos, presidente da Associação de Estudantes do ISCSP, afirmou que o Dia da Praxe Solidária representa uma vivência igualitária dentro do instituto já que, durante a ação, “todos são iguais”, sejam ou não caloiros. “As praxes estavam a tornar-se demasiado iguais, se calhar demasiado violentas”, considerou.
A ideia foi também acolhida com agrado pelos jovens que acabam de ingressar no ensino superior. É o caso de Inês Metello, de 18 anos. “Além de estarmos a ser praxados, estamos a ajudar uma comunidade”, observou. A mesma opinião é partilhada por outra caloira, Adriana Costa Santos. “É uma boa forma de utilizar as praxes para ajudar a sociedade e retribuir aquilo que ela nos dá”, defendeu.
Entre as atividades previstas para o dia esteve também a limpeza do lixo nas ruas, feita pelos novos alunos de pá e vassoura na mão. De parte não ficaram, no entanto, as práticas tradicionais: gritos em uníssono, danças e “cantorias”, além de uns quantos “convites” ao exercício físico.
[Notícia sugerida por Patrícia Caixeirinho]