A prática de yoga produz mudanças positivas a nível genético no nosso organismo, o que poderá explicar os seus benefícios para a saúde. Um estudo recente apurou que esta atividade pode ser mais eficaz que o exercício tradicional.
A prática de yoga produz mudanças positivas a nível genético no nosso organismo, o que poderá explicar os seus benefícios para a saúde. A conclusão é de um estudo recente desenvolvido por investigadores noruegueses, que apurou que esta atividade pode ser mais eficaz que o exercício tradicional no fortalecimento do sistema imunitário.
“Os nossos dados sugerem que os efeitos terapêuticos desta prática já documentados anteriormente têm um componente fisiológico ao nível molecular, que se inicia imediatamente durante a atividade”, escrevem os cientistas da Universidade de Oslo, cujo estudo, coordenado por Fahri Saatcioglu, foi publicado na revista científica PLOS ONE.
A descoberta de que práticas como o yoga, que desencadeiam uma “resposta de relaxamento”, podem ter efeitos a longo prazo na expressão dos genes foi feita há cerca de seis anos, mas só agora foi confirmada, graças a esta investigação, que associa a atividade ao sistema imunitário e sugere que os benefícios podem ser instantâneos.
Para chegar a esta conclusão, os especialistas da Universidade de Oslo levaram a cabo uma pequena experiência com 10 participantes que foram convidados a integrar um “retiro de yoga” de uma semana na Alemanha. Nos dois primeiros dias, os indivíduos passaram duas horas a praticar yoga de forma coordenada, efetuando diferentes posturas, exercícios de respiração e meditação.
Nos dois dias seguintes, os voluntários passaram o mesmo período de tempo – duas horas – a passear na natureza ou, em alternativa, a ouvir música clássica ou jazz. Imediatamente antes e depois de cada uma destas “sessões”, os investigadores colheram amostras de sangue dos participantes.
Yoga tem um impacto “bastante mais amplo” nos genes
Posteriormente, os cientistas isolaram e analisaram células mononucleares de sangue periférico de cada um, que desempenham um papel crucial no sistema imunitário, e concluíram que as caminhadas e a música mudaram a expressão de 38 genes nestas células, ao passo que a prática de yoga alterou um total de 111 genes.
Ao todo, 14 genes foram afetados por ambos os tipos de exercício, o que sugere que “os dois regimes afetam, até certo ponto, processos biológicos similares”. No entanto, concluíram, o impacto do yoga provou ser bastante mais amplo, o que indica que a prática “pode ter efeitos adicionais e superiores ao exercício e ao relaxamento simples, induzindo benefícios para a saúde por via de alterações ao nível molecular”.
Clique AQUI para aceder ao estudo da Universidade de Oslo (em inglês).