psicologia, a Psicologia Positiva. O livro é da autoria de Catarina
Rivero e Helena Águeda Marujo, duas psicólogas de formação, mas escrito
de forma simplificada a pensar na população em geral.
Nesta obra encontram-se retratadas histórias de vida com que nos podemos identificar em algum ponto da nossa existência e daí tirar o exemplo para sabermos o que temos de trabalhar dentro de nós para começar a levar uma vida mais positiva e ser mais feliz.
Viver relações positivas com amigos e colegas de trabalho, envolvermo-nos na comunidade, valorizar o riso e o sentido de humor são algumas das sugestões que neste livro desafiam o leitor a aprender a viver uma vida mais positiva.
“Durante muitos anos a psicologia interessou-se pela psicopatologia. Há 11 anos surgiu a psicologia positiva que ao contrário, estuda o melhor que há na sociedade e nas comunidades. O que faz com que as pessoas se sintam mais felizes”, explica Catarina Rivero ao Boas Notícias.
Comparação social: o maior inimigo do bem-estar
De acordo com a autora, um dos erros que mais impede alguém de levar uma vida mais feliz é cair no erro de se comparar com quem tem mais. “A comparação social é o maior inimigo do bem-estar. Em vez disso, devemos valorizar o que vamos construindo, defende a investigadora. ” Haverá sempre alguém que tem um carro melhor, uma piscina maior.”, exemplifica Catarina Rivero.
Outro dos truques para levar a vida com um sorriso é segundo a investigadora, apaziguarmo-nos com o passado. “Devemos re-narrá-lo. Aceitar o bom e aceitar que o passado é imutável”. É importante “saborear, valorizar e olhar para o futuro, para onde queremos ir, o que queremos fazer”, explica Catarina Rivero.
Mudar o enfoque e optar por uma vida mais positiva dá mais trabalho, trabalho no interior de cada um, mas compensa a longo-prazo. “Acordar com um sorriso é uma escolha individual”, defende a psicóloga.
Catarina Rivero explica que mesmo as pessoas que vivem num determinado nível de pobreza também conseguem ver para além disso e apreciar o que têm de bom. “Não tenhamos dúvidas, todos os estudo indicam que ser rico é melhor do que ser pobre. Mas ter dinheiro é um acrescento à nossa vida”.
Não há felicidade que não seja partilhada
“Dá tanto trabalho escrever “sim”, com três letras como escrever “não”. E isso aplica-se à vida”, defendeu na Fnac Chiado, durante a apresentação do livro com uma sala cheia, Fernanda Freitas, a apresentadora do programa Sociedade Civil e atual presidente para o Ano do Voluntariado que se celebra este ano a nível europeu.
Na plateia, instigados pelas autoras a dizer o que os faz mais feliz todos os dias, as opiniões foram diversas. Para uns encontrar um propósito na vida, seja na família ou no trabalho, é o que faz sorrir e esperar por mais dia.
“Sentir que tudo faz sentido, ter um propósito de vida” é de resto um dos aspetos mais importantes realçados neste livro que nos obriga a pensar e refletir sobre o nosso percurso.
“Não há felicidade que não seja partilhada, que não seja um bem-comum”, defendeu Catarina Rivero para quem é importante ser agentes ativos, não só das nossas vidas mas também da comunidade.
Abaixo pode ver um vídeo elaborado pelas autoras:
Ana Margarida Pereira