Negócios e Empreendorismo

Portugueses vão produzir farinha feita de grilos

Embora no mundo ocidental, os insetos sejam encarados com repulsa, a verdade é que estes bichos apresentam alto valor nutritivo. E uma dupla portuguesa já está a criar um produto alimentar feito a partir de grilos.
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Embora no mundo ocidental, os insetos sejam encarados com repulsa, a verdade é que estes bichos apresentam alto valor nutritivo (além da sua produção ser económica). E uma dupla portuguesa já está a criar um produto alimentar feito a partir de grilos.

Larvas, gafanhotos e formigas são apenas alguns exemplos de insetos que já fazem parte da ementa de vários países, sobretudo no continente asiático.

Mas em breve a moda pode pegar em Portugal. Dois jovens empreendedores de Vila Nova de Famalicão estão a apostar na transformação de insetos, designadamente grilos, em farinha para consumo humano, uma matéria-prima “muito rica” em proteínas e vitaminas que será posta à disposição da indústria alimentar.

Tiago Almeida e Joana Cardoso estão inicialmente a trabalhar com grilos, mas ponderam recorrer também a larvas de insetos.


“Se pensarmos que uma farinha de grilo tem duas vezes mais proteína do que um bife já podemos fazer uma pequena ideia do potencial do produto que vamos pôr à disposição da indústria alimentar”, disse esta segunda-feira à Lusa um dos promotores.

O projeto “DelightBugs” é da responsabilidade de Tiago Almeida, licenciado em Gestão e Marketing, e de Joana Cardoso, formada na área da Biologia e Alimentação. Nesta fase inicial, o projeto está apenas a trabalhar com grilos, mas os promotores não descartam a hipótese de recorrerem também a larvas de insetos.

Tiago e Joana têm a sua própria criação de grilos, mas estão a negociar um espaço maior, para poderem dar escala à sua produção. Os grilos são depois triturados, sendo transformados em farinha.


Bolos e bolachas de farinha de grilo

“A farinha poderá ser utilizada como matéria-prima única ou subsidiária dos processos produtivos das indústrias alimentares já existentes”, explicou Tiago Almeida. Chocolates, cereais, bolachas, pão, enchidos ou enlatados são alguns dos produtos onde poderá “entrar” a farinha à base de insetos.

“Dá para toda a indústria alimentar que necessite de proteína, hidratos de carbono, vitaminas e outros nutrientes em que os insetos são ricos”, disse ainda Tiago Almeida. O produto está a ser “ensaiado e maturado”, podendo começar a aparecer no mercado dentro de meio ano.


O projeto “DelightBugs” foi um dos que se distinguiram entre os quinze que se
apresentaram a empresários e investidores privados numa iniciativa organizada no âmbito do protocolo celebrado entre a Câmara Municipal de Famalicão e a Famagrow – Associação de Business Angels daquele concelho.

Os empreendedores distinguidos conquistaram a oportunidade de desenvolverem os seus projetos junto de empresários que se manifestaram interessados em apadrinhá-los, não só no aspeto financeiro mas também ao nível da gestão e implementação no mercado.

Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes

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