Os dois portugueses, em parceria com a Federação Nacional de Apicultores e a Direção Geral de Veterinária, estão a criar um produto à base de bacteriófagos que possa ser aplicado nas abelhas pelos próprios apicultores. Espera-se que o composto desencadeie resultados positivos tanto na exportação como no consumo do mel.
Ana Oliveira, pertencente ao Departamento de engenharia Biológica da Universidade do Minho, explica em comunicado enviado ao Boas Notícias que a equipa “procura uma forma de combater o flagelo não através de antibióticos, mas utilizando vetores biológicos antimicrobianos, os bacteriófagos, que existem e são isolados no meio ambiente”.
Esta é uma solução inovadora e, embora tenha sido alvo de vários estudos há já alguns anos, ainda não tinha começado a ser desenvolvido. O produto está agora, finalmente, a ser criado, de modo a impedir que a bactéria ‘Paenibacillus larvae’ afete as abelhas e, consequentemente, a produção de mel.
Atualmente, a situação obriga os cerca de 17 mil produtores de Portugal a queimar as colmeias afetadas, solução encontrada para erradicar a doença. O ato prejudica o crescimento da atividade, mas o novo composto pode vir a alterar a situação.