Ao portal Ciência Hoje, a coordenadora do estudo, Paula Soares, explicou que o LRP1B “é um gene que está normalmente presente nas células e cuja expressão pode desaparecer”, ou seja, “quando está presente retém o crescimento do tumor e quando ausente permite o seu desenvolvimento”.
Os resultados publicados na revista Oncogene sugerem, portanto, que a perda de LRP1B está relacionada com o aparecimento de cancro, como demonstrou a equipa de investigação a partir do estudo do carcinoma da tiróide.
“Tentamos perceber de que forma é que a perda de expressão deste gene contribui para o crescimento tumoral”, referiu Paula Soares, acrescentando que o LRP1B não age diretamente no tumor, mas em moléculas importantes em diferentes tipos de cancro.
O próximo passo para os investigadores é “saber em que ambiente é que este gene altera as células tumorais e qual o micro-ambiente onde se desenvolve” e também “perceber em que outros tipos de tumor há esta expressão”.
A partir daqui poderão surgir novas alternativas de tratamento para os pacientes com cancro, mas até lá, a equipa do IPATIMUP conta com o financiamento da Fundação da Ciência e Tecnologia (FCT) para prosseguir os seus estudos.
[Notícia sugerida pela utilizadora Elsa Vieira]