Uma equipa de investigadores, da qual fazem parte os cientistas portugueses encontrou uma nova forma de estudar os efeitos que cada nutriente dos alimentos tem no cérebro e no comportamento.
Dois investigadores portugueses integram uma equipa internacional que está a estudar os efeitos que cada nutriente dos alimentos tem no cérebro e no comportamento.
A equipa conseguiu, através do recurso a uma alimentação holídica (dieta artificial composta apenas pelos químicos isolados de cada nutriente), controlar a composição nutricional da comida ingerida pela mosca da fruta, o que permitiu estudar cada nutriente isoladamente e o modo como este afecta os vários aspetos daquele organismo.
O cientista Carlos Ribeiro – que juntamente com o seu colega da Fundação Champalimaud, Ricardo Leitão-Gonçalves, integra a equipa de investigação – explicou à Lusa que as alterações nos níveis de determinados nutrientes resultam em alterações no cérebro e no comportamento.
Neste momento, as outras equipas de investigação que integram o estudo estão a investigar o efeito dos nutrientes na longevidade ou nas células estaminais.
“Se queremos saber porque nos sentimos mais leves quando comemos um vegetal do que um bife, é muito difícil saber o que no bife faz a diferença” se os respetivos nutrientes desse alimento não estiverem isolados, acrescenta o investigador.
Esta investigação internacional poderá levar a uma melhor compreensão do cérebro, através do estudo do efeito de cada nutriente. “Analisámos o efeito que essa dieta tem no comportamento. Quando se tiram as proteínas, por exemplo, o comportamento [da mosca] muda completamente”, indicou Carlos Ribeiro.
Neste momento, as outras equipas de investigação que integram o estudo estão a investigar o efeito dos nutrientes na longevidade ou nas células estaminais.
Esta é uma investigação conjunta da Fundação Champalimaud (Portugal), da University College London, da King`s Collegge London, da University of Michigan e do Max Planck Institute e pretende desvendar os inúmeros efeitos dos nutrientes no organismo principalmente a nível comportamental.
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