Uma equipa de investigadores portugueses está a desenvolver uma aplicação capaz de levar os seus utilizadores a viajar no tempo, oferecendo-lhes a sensação de estar numa cidade romana ou num castelo medieval enquanto estes passeiam pelas suas ruínas.
Uma equipa de investigadores portugueses da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro está a desenvolver uma aplicação capaz de levar os seus utilizadores a viajar no tempo, oferecendo-lhes a sensação de estar numa cidade romana ou num castelo medieval enquanto estes passeiam pelas suas ruínas.
Pelo nome MixAR – Sistema de Realidade Mista Adaptativa para Sítios Arqueológicos, a nova tecnologia vai permitir visualizar virtualmente a estrutura original do sítio arqueológico que o utilizador está a visitar. A transformação é feita sobre as ruínas existentes e ao longo de todo o percurso e cenário real.
Luís Magalhães, líder do projeto, conta que o objetivo passa por “desenvolver um sistema de Realidade Mista (RM) que permita visualizar, no local, reconstruções virtuais de sítios arqueológicos, na sua estrutura original”, fornecendo, assim, uma perceção mais real e contextualizada dos locais em questão”.
“O sistema completo é constituído por uma solução de hardware e software para a produção de ambientes de RM mais imersivos e com contextualização histórica, reunidos num único produto, de fácil utilização”, esclarece.
“Dessa forma, durante a experiência de RM, é possível visualizar as ruínas dos edifícios, incluindo os seus interiores, complementados de forma historicamente correta com modelos virtuais, de modo a tornar a experiência e as sensações mais reais”, acrescenta.
Para o especialista, o projeto vem revelar-se uma mais-valia importante, tendo em conta que, “na maioria dos sítios arqueológicos, muitas das estruturas originais se encontram bastante degradadas ou foram totalmente destruídas, o que não permite que sejam apreciadas no seu esplendor original”.
Como tal, o MixAR vem colmatar esta desvantagem, permitindo “a visualização 'in loco' dos seus modelos virtuais, integrados com as estruturas atuais ou reminiscentes, representa uma mais-valia importante, permitindo ao público em geral uma melhor perceção e compreensão dos mesmos”.
As vantagens, essas, são muitas, já que “a visualização de modelos virtuais, em diversas áreas de aplicação, permite aos especialistas de diversas áreas estudar e interagir com os objetos de estudo” e, ao mesmo tempo, “permite ao público em geral explorar esses ambientes virtuais, promovendo a sua participação cultural, social e científica”.
A investigação está a ser levada a cabo em parceria com a GEMA, “uma empresa de Marketing Digital e New Media, vocacionada para a criação de projetos de comunicação e Marketing, utilizando técnicas de multimédia e interativadade”.
Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes