Investigadores portugueses desenvolveram um robô que deteta intrusos, temperaturas demasiado elevadas ou inundações. O projeto é do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores de Tecnologia e Ciência (INESC TEC).
Investigadores portugueses desenvolveram um robô que deteta intrusos, temperaturas demasiado elevadas ou inundações. O projeto do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores de Tecnologia e Ciência (INESC TEC) pode mesmo vigiar instalações de grandes dimensões, como armazéns ou centros comerciais, evitando situações perigosas para os seguranças.
“O robô vigilante transporta um conjunto de sensores, de fumo, gás, monóxido de carbono, temperaturas, ou inundações de água no chão, e faz rondas como se fosse um segurança”, disse à agência Lusa António Paulo Moreira, um dos coordenadores do grupo de Robótica e Sistemas Inteligentes do INESC TEC.
O investigador explicou que o projeto “inclui câmaras de vigilância, mas também uma câmara térmica que vê a temperatura e deteta corpos quentes” através de uma imagem em que a cor reflete a temperatura.
São câmaras móveis interligadas com o sistema de segurança do edifício, que podem complementar a vigilância das câmaras fixas, mais habituais.
A “ronda” do robô vigilante, chamado de “Robvigil”, é seguida em “tempo real” na sala de controlo da entidade, que pode situar-se na unidades ou num local distante.
Se o profissional de segurança detetar, através da imagem enviada pelo robô, uma pessoa que não devia estar naquele local e pretende interpelá-la, pode “entrar em modo de teleconferência”, como se estivesse a fazer uma chamada de vídeo, com som e imagem, relatou António Paulo Moreira.
O robô é adequado a espaços de grandes dimensões, em que seja necessário o vigilante “andar muito”, como armazéns, centros comerciais ou garagens, até porque “tem um software que lê automaticamente matrículas de automóveis e pode detetar a presença de monóxido de carbono, um gás perigoso quando presente em determinadas quantidades”, referiu ainda.
Investimento de 150 mil euros
O projeto teve o trabalho dos investigadores do grupo de Robótica e Sistemas Inteligentes do INESC TEC e resultou de um pedido de colaboração de três empresas portuguesas que querem fabricar e comercializar o robot vigilante.
O primeiro “Robvigil” vai ter a sua apresentação pública no âmbito do Fórum do Mar, que decorre de quinta-feira a sábado, na Exponor, em Leça da Palmeira e deverá começar o “trabalho” numa empresa em julho, a título experimental.
O valor total do projeto, que inclui toda a mão-de-obra das quatro entidades (três empresas mais o INESC) e equipamento, atinge cerca de 150 mil euros.