A dor associada à mucosite oral conduz a variados problema, sendo a complicação mais reportada associada à restrição alimentar.
A nova solução desenvolvida por investigadores do Centro Hospitalar Lisboa Norte e do iMed da Universidade de Lisboa consiste em “pastilhas moles com antifúngico e analgésico, que atuam por dissolução lenta na cavidade oral, constituindo uma alternativa de tratamento com controlo mais eficaz da dor”, explica Filipa Cosme Silva, investigadora principal, num comunicado enviado ao Boas Notícias.
Nesta investigação, foram realizados ensaios de desagregação e dissolução em saliva artificial, bem como um estudo de estabilidade físico-química e microbiológica.
Esta descoberta poderá “constituir uma alternativa viável às 'soluções para bocejar'” que são utilizadas atualmente. Uma das principais vantagens é a versatilidade na sua administração já que o doente poderá controlar e prolongar o tempo de retenção dos medicamentos na cavidade oral.
A mucosite oral é um problema que, geralmente, surge na sequência dos tratamentos de quimioterapia, e caracteriza-se pelo aparecimento de várias aftas e dor prolongada.
O prémio, no valor de 2.500 euros, foi entregue a Filipa Cosme Silva no Convénio da ASTOR (Associação para o Desenvolvimento da Terapia da Dor), e destina-se a premiar trabalhos originais em língua portuguesa sobre aspetos de investigação clínica no âmbito do tratamento da dor.
Notícia sugerida por Rosa Fernandes, Maria Manuela, Maria Pandina e Maria da Luz