Uma equipa de investigadores portugueses está a desenvolver um novo tratamento que promete melhorar a eficácia da eliminação do cancro da mama e que poderá ajudar no tratamento de outras doenças cancerígenas.
Uma equipa de investigadores portugueses está a desenvolver um novo tratamento que promete melhorar a eficácia da eliminação do cancro da mama. A técnica tem por base a criação de um anticorpo que desencadeia o combate às células tumorais, que poderá vir a ser também utilizado no combate a outros tipos de cancro.
Através da manipulação de anticorpos, os cientistas vão unir as células do sistema imunitário, designadas células T, com as do cancro da mama, para que as primeiras eliminem as segundas.
Paula Videira, líder da investigação, explicou à agência Lusa que o cancro da mama tem caraterísticas que “criam um efeito imunossupressor”, ou seja, o sistema imunitário não consegue eliminar as células tumorais malignas, que progridem no organismo.
Para solucionar esse impasse a equipa de cientistas propõe criar um anticorpo “bi-específico”, que desencadeia o combate às células cancerígenas pelas células T.
A investigadora da Universidade Nova de Lisboa salienta que se a investigação for bem sucedida pode ser “um passo importante” no tratamento mais eficaz e menos tóxico do cancro da mama, ou mesmo de cancros de estômago, pâncreas e de cólon.
A investigação venceu a sexta edição do Prémio de Mérito Científico Santander Totta/Universidade Nova de Lisboa e vai ser desenvolvida ao longo dos próximos dois anos.
Numa primeira fase da investigação, os cientistas vão “finalizar o fabrico” do anticorpo que vai reconhecer as células do cancro da mama. As moléculas geradas em laboratório será testadas “in vitro” em células humanas e, depois, em animais vivos, “capazes de receber células humanas sem as rejeitar”.
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]
Comentários
comentários