Uma arquiteta portuguesa foi distinguida com um prémio internacional. Inês Lobo, foi a vencedora do galardão ArVision - Women and Architecture, no valor de 50.000 euros, organizado pela multinacional italiana Italcementi Group. O júri considerou a
A arquiteta Inês Lobo foi a vencedora do prémio internacional ArVision – Women and Architecture, no valor de 50.000 euros. O júri considerou a portuguesa, que vai ter ainda direito a um estágio de quinze dias na multinacional que organiza o prémio, uma “arquiteta versátil”.
Entre os dez membros do júri deste prémio, promovido pela multinacional italiana Italcementi Group, estavam Kazuyo Sejima, um dos membros do ateliê SANAA de arquitetos japoneses, que já receberam o prémio Pritzker, considerado o Nobel para a arquitetura, e Martha Thorne, diretora do Pritzker.
Inês Lobo, formada na Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa, revelou ao Archdaily, plataforma online dedicada à arquitetura, que “é realmente um prémio importante, com uma visão internacional, e também porque sublinha que ainda é difícil ser mulher e ser arquiteta”.
“Há cem anos, era ainda mais difícil ser arquiteta”, explica Inês, acrescentando que vai dedicar o prémio “a todas as pessoas que fazem crer que a arquitetura é uma maneira poderosa de construir um mundo melhor para todos, independentemente de serem homens ou mulheres”.
O júri considera que a portuguesa consegue “atacar criativamente problemas arquiteturais numa grande variedade de escalas no tecido urbano”.
Inês Lobo tem desenvolvido projetos em diferentes áreas de trabalho, desde a construção de equipamentos e habitação à requalificação de edifícios e espaços públicos.
Entre outros projetos, assinou a requalificação da Escola Secundária Dr. Mário Sacramento (2010), em Aveiro, a reutilização da Escola Secundária Joaquim Carvalho (2008/09), na Figueira da Foz, e a reutilização da Escola Secundária Avelar Brotero (2007/08), em Coimbra.
Em 2012 foi comissária geral da representação de Portugal na Bienal de Arquitetura de Veneza, e em 2009 participou na representação oficial portuguesa na Bienal Internacional de Arquitetura em São Paulo, no Brasil.