Mas o próximo objetivo da empresa Inscentinel é começar a utilizar as abelhas para detetar, através do hálito ou da urina, doenças como a tuberculose e o cancro, quando ainda se encontram numa fase inicial de desenvolvimento e são mais fáceis de serem tratadas. A empresa está a desenvolver a investigação em colaboração com o New Zealand Institute for Plant and Food Research.
Embora a investigação ainda não esteja concluída, a designer portuguesa Susana Soares contou com a colaboração da Inscentinel para desenvolver um dispositivo de vidro que poderá ser usado para fazer o diagnóstico de certas doenças no hálito dos pacientes.
Bio marcadores de doenças como a tuberculose, alguns tipos de cancro e a diabetes estão presentes no hálito humano pelo que, graças ao seu sofisticado poder olfativo, as abelhas poderão detetar a sua presença, explica a designer portuguesa no seu site oficial.
O dispositivo consiste num objeto de vidro cilíndrico que contém uma pequena abertura para onde o paciente deve soprar. O sopro ficará depois retido num pequeno contentor, também de vidro, que está dentro do cilindro maior. À partida, e se for confirmada a competência das abelhas na deteção destes bio marcadores, se os insetos detetarem a presença de doenças, irão deslocar-se, em massa, para o pequeno contentor onde o hálito ficou retido.
Ainda segundo o site da designer (que neste projeto foi apoiada, entre outras entidades, pela Fundação Calouste Gulbenkian), as abelhas estão a ser treinadas para a deteção de doenças recorrendo à técnica de Pavlov. Ou seja, os investigadores dão-lhes uma pequena recompensa (uma dose de açúcar) de cada vez que detetam, com sucesso, estes bio marcadores. As abelhas passam assim a associar estes odores a uma recompensa de comida.
Clique AQUI para aceder ao site de Susana Soares.
Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes