Segundo Diara Rocha, quando comparadas com os inseticidas normais, estas plantas são muito menos prejudiciais, quer para as pessoas, quer para o ambiente. Além disso, têm também propriedades medicinais, como é o caso do funcho que é também utilizado como chá, explica a investigadora.
O funcho e o poejo “vivem” em Portugal e Cabo Verde. De acordo com a investigadora, o facto de existirem no meio tropical é também uma vantagem, na medida em que “o processamento não é muito complexo, ou seja, não exige técnicas muito sofisticadas que obrigam a um grande investimento”, reitera.
Intitulado “Propriedades larvicidas de plantas tropicais e mediterrânicas no controlo de vetores da dengue e da malária”, o trabalho de Diara Rocha é “praticamente inédito em Portugal”. No entanto, a autora admite que ainda existe “um longo caminho a percorrer” até à sua utilização prática.
De acordo com o comunicado, o inseto da dengue é responsável pela morte de mais de 390 milhões de pessoas anualmente. Em Portugal, mais propriamente na ilha da Madeira, o mosquito atingiu um por cento da população, em 2012, tendo-se registado cerca de 2.100 casos de dengue.
Notícia sugerida por Patrícia Guedes