Maria Conceição, corre no próximo domingo dia 8 de Março, na África do Sul, a sétima e última ultramaratona do seu desafio 777: correr sete ultramaratonas em sete regiões do planeta durante sete semanas.
A primeira portuguesa a subir ao cume do Evereste, Maria Conceição, corre no próximo domingo dia 8 de Março, na África do Sul, a sétima e última ultramaratona do seu desafio 777: correr sete ultramaratonas em sete regiões do planeta durante sete semanas. O objetivo é angariar 1 milhão de doláres (cerca de 728 mil eruos) para para ajudar crianças pobres no Bangladesh.
Antes de África, a filantropa Maria da Conceição já esteve na Antártica, no Chile, em Oman, no Reino Unido, depois na Austrália, tendo regressado este mês da América do Norte onde realizou a ultramaratona de Nova Iorque.
Até ao momento, a ultramaratona inglesa foi uma das mais difíceis. “Quando pensava que as mais difíceis, na Antártica e em Wadi Bih [Emirados Árabes Unidos], já estavam ultrapassadas, eis que a natureza volta a surpreender! As recentes cheias no sul de Inglaterra deixaram o percurso em muito mau estado”, disse Maria Conceição à agência Lusa.
A portuguesa está a levar a cabo este desafio, que chama de 777 Challenge, para tentar angariar um milhão de dólares (730,4 mil euros), para a organização que criou no Dubai, a Fundação Maria Cristina, que ajuda crianças pobres dos bairros de lata do Bangladesh.
“A ideia original era tentar sete maratonas em sete continentes em sete dias, mas a logística era incrivelmente difícil. Entretanto, consegui garantir um lugar em sete corridas organizadas oficialmente que são em sete continentes e todas no espaço de sete semanas. O problema é que são ultramaratonas: embora tenha mais tempo para completar o desafio, a distância é muito maior”, confessou.
Caso tenha sucesso, poderá também bater dois recordes mundiais, um da mulher com o tempo mais rápido numa ultramaratona em cada continente e outro da mulher que correu uma ultramaratona em todos os continentes no espaço de tempo mais curto.
Todavia, Maria Conceição, que enquanto profissão é assistente de voo, confessou que o principal desafio que enfrenta continua a ser o de angariar dinheiro para a causa que abraçou em 2005: “A crise financeira bateu-nos forte e, desde então, tem havido muito pouco apoio financeiro. Desde 2009 que tem sido muito complicado”.
Fundação já ajudou centenas de crianças
Até agora, a Fundação garante ter ajudado centenas de crianças a estudar no Bangladesh e 35 jovens adultos a conseguir um emprego em empresas no Dubai, mas tem mais de 500 inscritos à espera de obter bolsas de estudo ou oportunidades de trabalho.
Na missão para angariar fundos, Maria Conceição já correu numerosas maratonas, já subiu a montes como Kilimanjaro, Elbrus, Kala Patthar, Denali e Island Peak, alcançou o Pólo Norte em 2011 e, no ano passado, tornou-se na primeira mulher portuguesa a alcançar o topo do Evereste.
“Foi um bom feito para mim pessoalmente, mas o principal objetivo era angariar dinheiro e patrocínios de marcas de desporto e aventura que me trouxessem dinheiro para a Fundação. Mas não resultou como esperava. Ser a primeira mulher portuguesa e a terceira cidadã nacional a sumir ao Evereste afinal não é tão importante”, lamentou.