“Pensámos no que faz desta cidade especial e concluímos que são as pessoas em si e que representam diversas culturas”, justificou o escultor que embora esteja mais habituado a trabalhar com metais ou areia, mostrou estar preparado para usar qualquer material.
“Na escultura a técnica não difere”, explicou Pedro Mira à agência Lusa.
O júri do Festival decidiu premiar a série de figuras de vários tamanhos a caminhar por causa do conceito diferente do habitual, acredita o escultor que viu a maior dificuldade na temperatura de 10 graus que fazia com que o gelo derretesse muito facilmente.
“Os detalhes vão-se e por isso optámos por fazer figuras humanas e não esses símbolos”, referiu à TSF o escultor, numa referência aos monumentos característicos de Londres, como a Torre de Londres ou o Big Ben.
O Festival de Escultura em Gelo, que este ano cumpriu a terceira edição, decorreu a partir de quinta-feira e juntou equipas de África, França, Hungria, Holanda, Portugal e Reino Unido.
O leão criado pela equipa africana, que reproduziu um dos leões que estão na base da estátua do Almirante Nelson, situada na Trafalgar Square e um dos símbolos da cidade, recebeu o prémio do público.
Pedro Mira espera agora que o prémio que conquistou com o amigo irlandês lhe abra portas a mais trabalho nesta área.