José Poças Esteves vai ser o presidente executivo da nova agência de notação financeira ARC Ratings. O economista português foi eleito CEO da nova multinacional que um grupo de agências de cinco países vai criar para concorrer com a Moody's, a S&P
José Poças Esteves vai ser o presidente executivo da nova agência de notação financeira ARC Ratings. O economista português foi eleito CEO da nova multinacional que um grupo de agências de cinco países, entre elas a lusa CPR, vai criar para concorrer com a Moody's, a S&P e a Fitch.
A confirmação foi dada pelo próprio que, no entanto, se recusou a avançar com mais pormenores por ser demasiado “prematuro”. A nova agência só será oficialmente lançada em Janeiro do próximo ano, em Londres, como resultado de uma parceria entre a portuguesa CPR, a CARE Rating da Índia, a GCR da África do Sul, a MARC da Malásia e a SR Rating do Brasil.
Para já, a ARC já se encontra registada na European Securities and Markets Authority, entidade responsável pela regulação dos mercados financeiros na Europa, sendo o mercado de rating mundial controlado pelas três maiores agências de notação norte-americanas: a Standard & Poor's, a Moody's e a Fitch.
O objetivo da nova multinacional é, precisamente, concorrer com estes gigantes que dominam mais de 90% do mercado. “Ao trabalhar em conjunto, todas as agências participantes irão fornecer ‘ratings' a um novo mundo económico multipolar em competição direta com as agências centradas nos EUA”, refere a ARC em comunicado citado pela Reuters.
Segundo a mesma, a atribuição de 'ratings' será orientada por “uma abordagem multidisciplinar e especialização local”, havendo ainda a substituição de “um automático centro de gravidade por uma abordagem cooperativa global aos ‘ratings' de crédito”.
Atualmente, José Poças Esteves é presidente da consultora Saer (Sociedade de Avaliação Estratégica e Risco) e da Companhia Portuguesa de Rating (CPR), que integra esta nova agência.
Os 'ratings' atribuídos pelas agências são ferramentas chave para os investidores, por representarem uma notação de risco de determinado ativo, como, por exemplo, obrigações de um Estado ou de uma empresa.
Notícia sugerida por Maria Pandina e Vítor Fernandes