Miguel Barreiros é dono da Lifebeat, um Centro de Diagnóstico e Prevenção de Lisboa, e foi numa viagem de trabalho à Noruega que, enquanto experimentava o equipamento, lhe foi detetado um melanoma, o diagnóstico mais grave deste tipo de cancro. Foi este novo sistema que lhe salvou a vida.
Uma em cada cinco pessoas no mundo corre o risco de ter cancro de pele. Dessas, uma em cada 50 pode ter melanoma. A nível nacional, segundo dados da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, Portugal conta, em média, com dez mil casos de cancro de pele
Contudo, este número pode ser reduzido através de um diagnóstico precoce, o que esta máquina facilita. Dagfinn Ogreid, ex-diretor do Departamento de Hematologia e Oncologia do Hospital Universitário em Stavanger, explicou à Lusa que “os melanomas têm cinco estágios. Quando detetado no primeiro nível a taxa de sobrevivência é de quase 100%, já no 5.º estágio as probabilidades de sobreviver estão próximas do zero”.
Este equipamento, que existe na Noruega, está disponível nas farmácias para qualquer pessoa que deseje fazer o teste. Com a ajuda de um técnico, o exame faz-se em cinco minutos e a informação é analisada por especialistas, que, duas semanas mais tarde, transmitem os resultados aos pacientes.
Este sistema, que funciona através da “scanarização” avançada de sinais na pele, pode ser agora trazida para Portugal, onde todos os equipamentos do país estarão ligados a um centro de dermatologistas para analisar os resultados.
O preço não será necessariamente elevado visto que, segundo Miguel Barreiros, na “Noruega o exame a um sinal custa 35 euros. Em Portugal deverá ser um pouco mais barato”.
Se tudo correr como esperado, o serviço estará disponível brevemente: “Esperamos começar a distribuir o equipamento por farmácias e clínicas já em setembro”, explicou o dono da Lifebeat.
[Notícia sugerida por Raquel Baêta]