João Paulo Peixoto, de 47 anos, regressou este fim-de-semana de Israel. Com esta viagem, o português visitou o último país que lhe faltava dos reconhecidos pela ONU.
Contactado pelo Boas Notícias, esclarece: “o que eu fiz foi visitar os 193 países reconhecidos pela ONU e os 204 países independentes. Mas fi-lo ao longo de muitos anos (desde que nasci, embora mais intensamente nos últimos 20)”.
No entanto, só há dois anos João Paulo Peixoto decidiu passar em todos os países reconhecidos pela ONU.
Dos países que visitou, e apesar das experiências riquíssimas por que passou em cada um deles, o português falou de uma situação que marcou a sua vida.
Uma experiência de vida
Apanhado pelas cheias, no Paquistão, João Paulo Peixoto encontrou vários desalojados e constatou que “o auxílio das agências internacionais não chegava às populações”.
Assim, o português decidiu pedir aos amigos em Portugal que lhe transferissem dinheiro para a conta para distribuir pelas famílias. Ao todo, com a ajuda dos amigos, distribuiu 2.500 euros.
“Todos os agradecimentos eram sinceros e muitos deles eram feitos lavados em lágrimas. Não imaginam a diferença que 50 euros podem fazer para uma família desalojada no Paquistão”, explicou.
A sua página no Facebook mostra a admiração que já causou em vários portugueses, que lhe enviam mensagens de apoio e pedidos de ajuda para planear viagens. Nesta página, João Paulo Peixoto mostra algumas das fotografias que tirou enquanto esteve fora.
Para o futuro, Peixoto tenciona escrever um livro: “Só sabe quem lá vai”. Para além disso, tem “mais dois projectos relacionados com a vontade de criar espaços de intercâmbio e relacionamento entre os viajantes portugueses”.
Lições para não esquecer
De todas as viagens que fez, o português guarda uma grande lição: “a raça humana é maravilhosa, sendo que na nossa verdadeira essência somos todos iguais”.
“O que une a raça humana é sua capacidade de amar e a nossa tendência para o bem, e isso existe em todos os países, da mesma forma”. Para além disso, João Paulo Peixoto não se esquece de outra lição que aprendeu: que nós, portugueses, trouxemos uma herança muito rica ao mundo e deixámos muitas influências. Esses povos “não se esquecem de nós e da importância que tivemos; sabem muito melhor que nós onde estivemos e aquilo que fizemos no seu país”.
“Devíamos estar orgulhosos disso e capitalizar de diferentes formas esta importância. Penso que depois dos ingleses e franceses fomos o povo que mais importância teve na história da humanidade”, concluiu.
Clique AQUI para aceder ao site de João Paulo Peixoto
[Notícia sugerida por Raquel Baêta]