O professor do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da Universidade do Minho foi um dos cientistas que integrou esta equipa multidisciplinar e multinacional que realizou um estudo de referência nesta área publicado na edição deste mês da revista científica 'Trends in Ecology and Evolution'.
O estudo revê todo o conhecimento adquirido até agora sobre as espécies invasoras – espécies oriundas de outra região e que proliferam num novo ecossistema rivalizando com as espécies nativas – e avalia qual o seu impacto ecológico e económico no meio envolvente.
“Impacts of biological invasions: what’s what and the way forward” relaciona os impactos negativos e positivos destas espécies destacando as estratégias de gestão que permitem minimizar os efeitos negativos da sua presença.
É o caso, por exemplo, do eucalipto, uma espécie oriunda da Austrália e que tem sido usada com grandes vantagens económicas pela indústria da madeira e do papel mas que pode ter consequências negativas para o ecosistema e provocar a redução da biodiversidade.
Embora os invasores alterem o regime das espécies nativas, o estudo conclui que as espécies invasoras podem também ser uma fonte de matéria-prima e um recurso alimentar essencial para outras espécies, sobretudo se se conseguir compensar os resultados negativos da sua existência e encontrar soluções eficazes para gerir os problemas.
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[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]