De acordo com a Agência Lusa, a equipa de expedição coordenada por cientistas dinamarqueses enviou uma nota de imprensa a partir da Gronelândia, na qual dá conta das recentes descobertas. A Octávio Mateus foi atribuído o mérito do importante achado de parte do esqueleto de um fitossauro.
Os fitossauros são dinossauros predadores, semelhantes aos crocodilos, com cerca de cinco metros de comprimento. A espécie data de mais de 200 milhões de anos e foi, pela primeira vez, encontrada na Gronelândia, facto que torna inédita esta descoberta portuguesa.
Octávio foi autor, também, de outro achado interessante: uma tartaruga fóssil. O paleontólogo explicou que “qualquer esqueleto descoberto do Triásico [com mais de 200 milhões de anos] da Gronelândia é importante, e uma tartaruga ainda mais porque é uma das mais antigas”. Os novos dados podem ser um valioso contributo na perceção da origem daqueles animais.
Da expedição que está a decorrer naquela zona do globo desde 10 de Julho resultaram, ainda, outras descobertas relevantes, nomeadamente um esqueleto de plateossauro, dinossauro herbívoro muito comum naquela época histórica. A equipa internacional conseguiu detetar, igualmente, no solo da Gronelândia, pegadas de dinossauros carnívoros classificados como “extremamente raros”.
Até dia 3 de Agosto, o grupo de expedição no qual Octávio Mateus, paleontólogo do Museu da Lourinhã e investigador da Universidade Nova de Lisboa, se encontra integrado, vai continuar à procura de novos vestígios na zona de Jameson Land, local inóspito no leste da Gronelândia.