“A identificação de um biomarcador robusto de cancro e de métodos que estabeleçam o progresso da doença é uma grande conquista na área da neuro-oncologia pediátrica”, explica o estudo.
O investigador português Pedro Castelo-Branco, que trabalha há cinco anos num hospital público pediátrico de Toronto (Canadá), explicou à agência Lusa que este biomarcador pode ajudar os clínicos a decidir “uma forma de tratamento mais adequada ao paciente”.
Pedro Castelo-Branco explicou à Universidade de Aveiro, instituição onde se licenciou em Biologia, que com a descoberta do biomarcador “os pacientes de alto risco poderão ter terapias mais agressivas, enquanto que os de baixo risco poderão ver as suas terapias diminuídas, reduzindo assim efeitos secundários”.
O investigador doutorado em Biologia Molecular pela universidade britânica de Oxford adianta que “este biomarcador poderá vir a ser utilizado em outros tipos de cancro, tais como o da próstata ou o do cólon”. Segundo a agência Lusa, a equipa antevê que, assim, o tratamento poderá ser aplicado também a adultos, trazendo novas hipóteses de terapia para o cancro da próstata ou a leucemia.
“É um trabalho hercúleo, a estudar amostras de centenas de pacientes”, afirma Pedro Castelo-Branco. A equipa de investigação acredita que os resultados possam ser conhecidos dentro de meio ano.
Neste estudo estiveram envolvidas instituições da Alemanha, Áustria, Canadá e também Portugal, com o apoio do Serviço de Urologia e Transplantação Renal dos Hospitais da Universidade de Coimbra.
Clique AQUI para aceder ao estudo publicado na revista The Lancet Oncology (em inglês).
Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes