Um jovem português quer recuperar a tradição de escrever e enviar postais através do correio tradicional. Para isso criou o Postcrossing, uma rede que conta com milhares de fãs em todo o mundo e que até já juntou no altar dois utilizadores.
Um jovem português quer recuperar a tradição de escrever e enviar postais através do correio tradicional. Para isso criou o Postcrossing, uma rede que conta com milhares de fãs em todo o mundo e que até já juntou no altar dois utilizadores.
A plataforma já conquistou 5.600 de utilizadores, só em Portugal, e permite enviar e receber postais de todo o mundo através do site Postcrossing, criado pelo português Paulo Magalhães.
“A ideia é simples: quem envia, recebe – e quanto mais se enviar, mais se recebe. Foi o projeto perfeito para resolver o problema da caixa de correio vazia do Paulo e de muitas outras pessoas pelo mundo fora”, explica Ana Campos, namorada de Paulo que também faz parte da equipa do Postcrossing, à agência Lusa.
Em 2005, Paulo Magalhães começava a esboçar as primeiras ideias do projeto enquanto lamentava o facto de cada vez receber menos postais por parte dos amigos.
Atualmente, o projeto é “especialmente popular na Rússia, Alemanha, USA, Holanda, Finlândia”. Em Portugal há 5.600 utilizadores. No total, estes utilizadores já enviaram 348 mil postais.
Um postal = Esforço e dedicação
“É um pequeno gesto, mas tão humano e altruísta, que nos toca a todos”, explica a Ana, referindo que numa altura em que a comunicação é feita através de 'like' no Facebook ou Instagram, se pode contrapor um postal, que “implica esforço e dedicação”.
O primeiro passo é o registo em www.postcrossing.com, ao qual se segue o pedido de uma morada, em qualquer parte do mundo, para enviar um postal, no qual tem de estar escrito o código dado pelo 'site'. Com a chegada do postal, o destinatário regista o código no 'site' e torna o remetente na próxima pessoa a receber correspondência de um utilizador aleatório desta rede.
“Cada troca é única e acontece sempre com pessoas diferentes. Deste modo, o sistema assegura que os postais que se recebem vêm sempre de sítios inesperados. E que há sempre uma surpresa à nossa espera quando abrimos a caixa do correio”, acrescenta Ana Campos.
A maior prova de sucesso do Postcrossing foi o casamento entre dois cidadãos ucranianos, Ivan e Natália, que se conheceram num encontro de utilizadores do site.
As reuniões entre 'postcrossers' são também comuns, tendo sido até lançados vários selos, provando que a comunicação pessoal pode ter ajudas digitais, sobretudo, do carteiro.
Clique AQUI para aceder ao Postcrossing.