Uma equipa liderada pelo jovem português de 33 anos, Pedro Baptista, e pelo israelita Shay Soker conseguiu usar células humanas para criar um fígado em laboratório. Este feito inédito na história poderá ser um grande passo para a evolução dos transpl
Uma equipa liderada pelo jovem português de 33 anos, Pedro Baptista, e pelo israelita Shay Soker conseguiu usar células humanas para criar um fígado em laboratório. Este feito inédito na história poderá ser um grande passo para a evolução dos transplantes de fígado. Muito mais pequeno do que um fígado humano (cerca de dois quilos), o órgão criado por Pedro Baptista e a equipa do laboratório de Medicina Regenerativa da Universidade de Wake Forest (UWF) tem apenas 2,5 centímetros de diâmetro e pesa pouco mais de cinco gramas.
Pedro Baptista garante que aquele tecido “possui muitas das funções que o fígado tem”, mas agora é preciso descobrir a fórmula certa para o fazer crescer.
Em 2006, um projeto semelhante do Instituto de Medicina Regenerativa da UWF conseguiu criar bexigas humanas que foram transplantadas com sucesso. Embora criar uma bexiga de laboratório tenha sido um grande progresso, a criação de órgãos mais complexos continua um desafio.
Neste último trabalho, Pedro Baptista e a sua equipa usaram células de fígado fetais para reconstituir a estrutura celular do fígado. E, pelo menos no laboratório, o fígado provou estar funcional.
O próximo passo é transplantar um fígado de laboratório para um animal para confirmar a sua eficiência. Se a experiência for bem sucedida, os investigadores irão tentar criar fígados com o tamanho próximo do humano.
A equipa está também a desenvolver experiências de criação de outros órgãos de laboratório como o pâncreas, os rins e até o coração.
Pedro Baptista e o seu colega Shay Soker anunciaram esta descoberta na reunião anual da American Association for the Study of Liver Diseases, que decorreu no final de outubro, em Boston.
[Notícia sugerida pelo utilizador Tiago Lourenço]