Este protótipo tem várias funcionalidades, entre as a possibilidade de subir o assento para alcançar objetos que estão mais altos e que normalmente são inacessíveis aos utilizadores de cadeira de rodas.
Nas subidas e descidas, esta cadeira pode inclinar-se para trás, de forma a não haver um desequilíbrio. Para criar este protótipo, Jorge comprou duas trotinetes, no valor total de 300 euros, e adaptou-as para criar o projeto.
“As cadeiras de rodas, mesmo as mais simples, têm valores que superam os três e os quatro mil euros”, começou por explicar Jorge à RTP, acrescentando ainda que pretende que a sua ideia seja vendida por metade do preço, isto é, entre os 1500 e os dois mil euros.
“Não consigo estar quieto”
Para além desta cadeira de rodas, o engenheiro, que começou a ter problemas aos 18 anos, desenvolveu também um engenho para substituir o travão de mão dos automóveis. Através de um joystick, o projeto permite recriar o movimento da mão, sem que seja necessário efetuar qualquer esforço.
Jorge Silva tem distrofia muscular, que se caracteriza pela degeneração da membrana que envolve a célula muscular, e define-se como um apaixonado das invenções, uma vez que está sempre a ter ideias.
“Se não é a nível de trabalho, é pessoal, se não é pessoal, crio algo que alguém já me tinha pedido. Não consigo estar quieto”, confidenciou Jorge ao canal do Estado.