O júri foi presidido pela diretora geral de Belas Artes e Bens Culturais de Espanha, Ángeles Albert de León, a conservadora do museu britânico Tate Modern, Sheena Vanessa Wagstaff, e a crítica de arte Alicía Murría, entre outros, que reconheceu “a universalidade da sua linguagem, desenvolvida através de materiais não convencionais, crus, perecíveis e degradáveis”.
A obra de Barrio “explora o efémero e o transitório, interessando-se pelos efeitos simbólicos e pela aparição de uma beleza inesperada” através de ações, performances, instalações e vídeos, indicou o ministério espanhol em nota citada pela AFP.
Restos de comida, sal, sangue, café, pão, carne, pedras, terras ou papel higiénico são alguns dos materiais usados por Artur Barrio, a quem a imprensa espanhola apelidou de “artista visceral”.
Uma das obras que criou intitula-se mesmo Livro-carne, composto por um naco de carne cortado em forma de livro que se vai decompondo em frente aos olhos do público e tem de ser substituído ao fim de alguns dias.
Artur Barrio nasceu no Porto em 1945 e começou a dedicar-se à pintura em 1965 quando se mudou para o Rio de Janeiro, no Brasil. Em 1967 ingressou na Escola Nacional de Belas Artes e estreou a sua primeira exposição apenas dois anos mais tarde.
Tem participado em exposições no Brasil – como a Bienal de São Paulo – e no estrangeiro, entre elas, das primeiras, a exposição Information, em Nova Iorque (1970) e da Documenta 11 de Kassel (2002), na Alemanha, destacada feira de arte contemporânea a nível mundial.
Conheça mais obras de Artur Barrio em arturbarrio-trabalhos.blogspot.com/
[Notícia sugerida pela utilizadora Marta Vieira, Elsa Martins e Alexandra Luís]