Foi descoberto mais um exoplaneta e desta vez com a ajuda de um português. Alexandre Santerne, do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP), faz parte da equipa europeia que descobriu o planeta Kepler-88 c. Até agora este exoplaneta nunca
Foi descoberto mais um exoplaneta e desta vez com a ajuda de um português. Ele é Alexandre Santerne, do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP). O mesmo faz parte da equipa europeia que agora descobriu o Kepler-88 c, um exoplaneta nunca antes detetado.
Detetado pela perturbação gravitacional, provocada no seu irmão que transita a estrela, o Kepler-88 b, o novo exoplaneta foi descoberto graças ao uso de um espetrógrafo – o SOPHIE3. “É um instrumento capaz de medir a velocidade de estrelas com uma precisão equivalente àquela com que se mede a velocidade de uma bicicleta”, revela o centro de astofísica em comunicado.
Até agora, o mesmo já foi “usado para caracterizar quase 20 dos planetas do Kepler”. Desta vez, o mesmo foi usado como recurso uma vez que nem
todos os planetas são detetáveis pelo telescópio espacial Kepler da NASA. Se o plano orbital estiver ligeiramente desalinhado com a linha de visão para a Terra, os planetas já não transitam e por isso são “invisíveis” para aquele telescópio.
O planeta Kepler-88 b e o Kepler-88 c têm configurações semelhantes à da Terra e de Marte, com o planeta vermelho a orbitar o Sol em cerca de 2 anos.
Uma análise detalhada à interação entre planetas, efetuada anteriormente, previu que o sistema Kepler-88 tivesse dois planetas, um que transita (Kepler-88 b), cujo período orbital é fortemente perturbado por outro que não transita (Kepler-88 c).
Para detetar a presença de planetas que não transitam foi utilizada a técnica 'Variações no Tempo de Trânsito' (TTV), tendo Neptuno sido o primeiro descoberto devido à influência gravitacional que exercia sobre outro planeta (Urano).