A ciência "portuguesa" para surfar as ondas do mar vai chegar à Índia. Um surfista português vai levar o ensino do surf a Goa instalando naquele antigo território ultramarino uma filial da escola que tem a funcionar na Figueira da Foz.
A ciência “portuguesa” para surfar as ondas do mar vai chegar à Índia. Um surfista português vai levar o ensino do surf a Goa instalando naquele antigo território ultramarino uma filial da escola que tem a funcionar na Figueira da Foz.
Eurico Gonçalves, campeão nacional de longboard em 2008 e praticante de surf há mais de 30 anos, quer contribuir para o desenvolvimento da modalidade naquele país onde, apesar dos seus 1,2 mil milhões de habitantes, só há 150 surfistas registados.
“Em Goa, há duas ou três escolas de surf, embora trabalhem exclusivamente com turistas. A ideia é levar também o surf aos goeses”, disse Eurico Gonçalves à agência Lusa.
De acordo com o proprietário da iSurf Academy – escola fundada há cerca de três anos e localizada na praia do Cabedelo, na margem esquerda do rio Mondego – na Índia, o segundo país mais populoso do mundo, com 1,2 mil milhões de habitantes, o surf “não se nota, é residual”, frisou.
Portugal apto para exportar escolas de suf
A ideia de apostar na antiga possessão portuguesa da costa ocidental indiana surgiu de um amigo de infância do proprietário da iSurf Academy (escola que o surfista tem a funcionar em Cabedelo, na margem esquerda do Mondego).
O surfista defende que com o desenvolvimento atual do surf em Portugal, o nosso país “está apto a exportar esse conhecimento acumulado” para países onde a modalidade é praticamente inexistente.
E Goa, diz Eurico Gonçalves, tem condições geográficas e características climáticas – ondas pequenas e a água quente do oceano Índico – que a tornam um destino “de excelência para o ensino” do surf, frisou.
Apostar noutros países
Perante o desafio de rumar à Índia, Eurico Gonçalves aceita como natural a troca das ondas grandes da costa atlântica – de que é adepto confesso – pela pequena ondulação que o espera em Goa. “Vou aproveitar para aprimorar a minha técnica em ondas pequeninas”, diz o surfista.
Quando regressar de Goa, Eurico Gonçalves pensa apostar noutros destinos para expandir a iSurf Academy, concretamente em áfrica, em países de língua portuguesa como Moçambique, Angola ou São Tomé e Príncipe, revela.
Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes