Ainda assim, no site oficial do Yad Vashem, a lista dos portugueses considerados “Righteous among Nations” (Justos entre as Nações, em português) ainda não está atualizada. A lista online refere apenas o nome do cônsul Aristides Sousa Mendes e do embaixador da Hungria, Carlos Sampayo Garrido.
Segundo o Religionline, o português José Brito Mendes, operário residente em França na época do Holocausto, também foi distinguido por ter conseguido salvar uma menina, filha de judeus, que, juntamente com a sua mulher, criou como se fosse sua própria filha. Contudo, Brito Mendes está na lista de cidadãos franceses, uma vez que na época vivia em França e era casado com uma francesa.
Ainda de acordo com o artigo de António Marujo, o padre Joaquim Carreira, que durante a II Guerra Mundial foi vice-reitor e depois reitor do Colégio Português em Roma, recolheu nas instalações da escola várias pessoas perseguidas pelo regime nazi, entre eles a família judaica Cittone, que ainda hoje reconhece que o padre português lhes salvou a vida.
“Leis injustas e desumanas”
Num relatório sobre a atividade do colégio, o padre Carreira terá deixado, relata o blogue de António Marujo, um testemunho da sua ação: “Concedi asilo e hospitalidade no colégio a pessoas que eram perseguidas na base de leis injustas e desumanas”.
Neste momento, a lista de pessoas reconhecidas como “Justos entre as Nações” já tem mais de 25 mil nomes. Entre eles o de quatro portugueses que “arriscaram a vida para salvar judeus” da morte.
Notícia sugerida por Maria Pandina e António Resende