Cerca de 500 empreendedores vão ter acesso a uma formação intensiva, que inclui 50 horas de mentoria e consultoria conduzida por 100 peritos para apoiar os empreendedores na aceleração dos seus projetos e na captação de financiamento público e privado, visando uma mais rápida entrada e consolidação no mercado.
Para ajudar a transformar ideias promissoras em negócios viáveis, o Astropreneurs abre a porta a uma vasta rede de investidores, indústria e agências de apoio que integram a chamada “economia do Espaço” para que as empresas tirem o máximo partido dos mercados-alvo e das oportunidades globais. Os empreendedores têm ainda acesso a um conjunto de workshops técnicos e a reuniões com os principais ‘stakeholders’ da indústria espacial. As candidaturas abrem em setembro.
O Espaço é cada vez mais uma fonte de crescimento económico e de inovação
Durante muito tempo, o setor espacial foi mais vocacionado para objetivos estratégicos relacionados com a ciência e exploração do Espaço. Contudo, essa realidade tem vindo a mudar e este setor tem atraído cada vez mais a atenção de outros atores, como estados, empresas e investidores privados. A “economia do Espaço” tornou-se um setor com impacto real, trazendo inovações disruptivas e muitas novas oportunidades de negócio, sobretudo quando aplicadas a outros setores terrestres da economia.
O Galileo, por exemplo, o sistema europeu de localização por satélite, ao fornecer uma precisão inigualável, está a criar a sua própria área de negócios, com centenas de startups a começarem a explorar esta oportunidade.
O EGNOS, um precursor do Galileo, é um sistema complementar que aumenta a precisão dos sinais de navegação por satélite na Europa e que também pode servir de suporte a novas aplicações em diversos setores, como a aviação ou a agricultura de precisão.
O programa europeu Copérnico, que fornece dados de observação da Terra em tempo real, é outra fonte de dados espaciais que está a ser incorporada em novos produtos e serviços do futuro em áreas como o ambiente, a proteção civil e a segurança civil.
A relação do Instituto Pedro Nunes com o Espaço
Desde a sua criação que o IPN tem uma forte ligação ao setor espacial, com a incubação de algumas das mais importantes empresas espaciais portuguesas, tais como a Critical Software e a Active Space Technologies, e de empresas com origem no setor do Espaço como, por exemplo, a Feedzai.
A relação do IPN com a Agência Espacial Europeia (ESA), fruto do sucesso de programas de transferência de tecnologia, conduziu à criação, em 2014, de uma incubadora de empresas portuguesas da Agência Espacial Europeia (ESA BIC Portugal), sediada em Coimbra e coordenada pelo IPN. O ESA BIC Portugal é um dos 18 atuais centros de incubação da ESA, onde são apoiadas start-ups que estão a transferir tecnologia do Espaço para mercados terrestres, criando novos serviços e produtos em diversos setores da economia, em áreas como a saúde, energia, transportes, segurança e vida urbana.