O investigador da Universidade Nova de Lisboa e docente da Universidade de Évora procura reconstruir um retrato mais nítido do percurso evolutivo da flora do nosso planeta. Mas os seus estudos centram-se no chamado período Cretácico, entre há 146 milhões de anos e 66 milhões de anos, porque “está aí enraizada a vegetação actual”, conta ao Diário de Notícias.
O estudo dos fósseis é a chave para entender “o que se passou em termos florísticos no passado”, refere ainda Mário Miguel Mendes.
A descoberta de três novas espécies de plantas e tantos outros fósseis do período Cretácico surgiu quando Mário Miguel Mendes fazia a sua pesquisa para o doutoramento. No terreno (entre Torres Vedras e Aveiro), recolheu, tratou e analisou o material recolhido, concluindo posteriormente que havia encontrado espécies novas com 135 milhões de anos.
O investigador português avança, assim, no estudo da evolução da vida vegetal no Cretácico e o seu grande objetivo é apurar como as plantas com flor acabaram por suplantar as outras. Mário não tem dúvidas que há ainda outras novas espécies à espera de ser descritas.