Em declarações à Agência Lusa, a SPC revelou que a parceria entre as duas sociedades, que começou a ser desenvolvida já no ano passado, contempla a participação em atividades conjuntas na área de registos clínicos de doentes cardiovasculares, área onde têm sido dados passos importantes em ambos os países.
Carlos Aguiar, representante da SPC, explicou que o desafio atual consiste em repensar a qualidade dos cuidados de saúde prestados aos utentes em Portugal, especialmente nesta altura de dificuldades financeiras. Para tal, foram realizados estudos epidemiológicos que levaram a compreender melhor a importância da insuficiência cardíaca, de síndromes complicadas e das consequências para a saúde pública.
As conclusões retiradas da investigação indicaram que existem muitas pessoas no nosso país com risco elevado que não são devidamente tratadas com medicamentos capazes de, por exemplo, fazer baixar o colesterol, um dos fatores associados a problemas cardíacos. Dado que 90% das situações de risco são evitáveis, e apenas ocorrem por falta de prevenção, torna-se imperativa uma colaboração que vise a melhoria dos serviços e dos tratamentos.
Assim sendo, os resultados do estudo serão apresentados antes da assinatura do protocolo que ocorrerá nos próximos dias em Maracaibo, na Venezuela. O ato está integrado no XLV Congresso Venezuelano de Cardiologia 2012, um evento que reúne tanto médicos daquele país com vários convidados especiais.