Pelo quinto ano consecutivo, Portugal integra o lote dos sete países desenvolvidos da Europa, Médio Oriente e África que são líderes na prestação de serviços de base tecnológica. A conclusão é de um estudo da consultora Gartner.
Pelo quinto ano consecutivo, Portugal integra o lote dos sete países desenvolvidos da Europa, Médio Oriente e África que são líderes na prestação de serviços de base tecnológica. A conclusão é de um estudo publicado pela empresa de consultoria norte-americana Gartner.
De acordo com o relatório “Gartner's Leading Offshore Services Locations in EMEA 2015: Nearshore Increases Despite Geopolitical Concerns” feito por três analistas de 'outsourcing' e 'location', Portugal está no 'top' dos mercados desenvolvidos a este nível, a par da República da Irlanda, Israel, Irlanda do Norte, Escócia, Espanha e País de Gales.
Segundo a Gartner, as empresas portuguesas sabem aproveitar a disponibilidade, qualidade e maturidade dos recursos existentes, bem como das infraestruturas de que o país dispõe, do ambiente geral de negócios e da estabilidade política, além de funcionarem em conformidade com o quadro regulatório evoluído transversal à União Europeia.
A consultora destaca ainda a capacidade e competências do nosso país para a oferta e prestação de serviços transnacionais, colocando Portugal num grupo de destaque em termos de relação custo/benefício, domínio de línguas, mercado de trabalho, sistema educativo, compatibilidade cultural, apoio governamental, entre outros critérios.
Para a Associação Portugal Outsourcing (APO), a presença de Portugal nesta lista é um indicador do reconhecimento que tem sido feito no nosso país pelos intervenientes internacionais do setor das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e por empresas que procuram oportunidades de negócio, quer para contratação de serviços 'outsourcing', quer para instalar operações próprias.
Ecossistema nacional das TIC está em transformação
Citado pela AICEP, Carlos Gonçalves, presidente da direção da associação, afirma que “o recorrente reconhecimento que a Gartner tem feito ao nosso país demonstra bem a transformação em curso do ecossistema nacional das TIC ao longo dos últimos anos, reconhecimento que atesta também a perceção internacional muito positiva que hoje testemunhamos”.
“A Portugal Outsourcing sempre manteve uma aposta muito forte na promoção e divulgação internacional do país e o nosso investimento neste domínio está a ser compensado. Temos vindo a acrescentar muito valor às empresas portuguesas prestadoras de serviços e ao país e temos nisso muito orgulho”, acrescenta o responsável.
A mesma opinião é partilhada pelo secretário-geral da APO, Guilherme Ramos Pereira, que revela que a associação tem mantido diversos contactos com empresas internacionais de diferentes países – essencialmente europeus – que optam por Portugal para instalarem operações de 'nearshoring', ou seja, de transferência de negócios e processos tecnológicos para o nosso país em virtude, também, da proximidade.
“Sempre acreditámos que o setor do 'outsourcing' deve assumir-se e ser reconhecido como uma peça chave do processo de transformação e modernização do país, contribuindo para uma economia mais inteligente, com índices de eficiência e eficácia na utilização racional dos recursos e criadora de postos de trabalho de qualidade e em larga escala – crença que está a provar ser acertada”, finaliza Guilherme Ramos Pereira.
A Portugal Outsourcing, fundada em 2008, é uma associação constituída com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento do setor português de 'outsourcing' de processos, que apresenta valor acrescentado e recurso a tecnologias de informação e comunicação.
O 'outsourcing' (também conhecido, em português, como terceirização), muito comum na área das tecnologias, é o processo pelo qual uma empresa contrata outra para o desenvolvimento de determinadas tarefas, procurando, assim, uma fonte exterior que consiga trabalhar em parte do negócio de forma mais eficiente.
Clique AQUI para aceder ao estudo da Gartner (em inglês).
