A prestação de cuidados clínicos a bebés prematuros em Portugal foi distinguida como um das melhores entre 13 países da Europa. A conclusão é de um relatório elaborado pela Fundação Europeia para os Cuidados de Recém-Nascidos apresentado recentem
Juntamente com o Reino Unido, Portugal é dos únicos países com uma estratégia política nacional com medidas específicas para a saúde neonatal.
De acordo com o relatório, Portugal tem ainda de melhorar e apostar na relação de proximidade dos prematuros recém-nascidos com os pais. A Suécia é já um exemplo neste campo oferecendo aos pais a possibilidade de pernoitarem nas unidades de cuidados intensivos.
“A Suécia não se destaca tanto em políticas, mas tem outro tipo de abrangência, com um cuidado mais aproximado entre pais e bebés e isso vem revelar que conseguiram bons resultados a esse nível”, explicou à agência Lusa Paula Guerra, da XXS – Associação Portuguesa de Apoio ao Bebé Prematuro, que participou na elaboração do documento apresentado no Parlamento Europeu.
A XXS destaca ainda que os cuidados melhoraram e taxa de mortalidade baixou apesar de o número de prematuros continuar a aumentar. Mais informação para os pais e mães em relação à prematuridade e aos cuidados a ter com estes bebés na gestação são áreas que precisam de ser mais trabalhadas na sociedade portuguesa, conforme avisam os especialistas.
“Notámos que Portugal ficou entre os melhores países em termos de práticas de políticas de saúde neonatais, mas em termos da informação que é dada aos pais e de toda a logística dos pais dentro das unidades de cuidados intensivos ainda fica aquém de alguns países”, sublinhou a mesma fonte da XXS.
O relatório reúne dados recolhidos na Áustria, Bélgica, República Checa, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Holanda, Polónia, Portugal, Espanha, Suécia e Reino Unido.