por redação
Contactado pelo Boas Notícias, o gabinete de comunicação da APCOR confirmou que a sua associada Corticeira Amorim, em conjunto com vários produtores e em parceria com a Universidade de Évora, está a desenvolver técnicas florestais de fertilização e irrigação vão encurtar o prazo da primeira extração de cortiça dos habituais 25 anos para oito a dez. O novo método já está a ser testado, com sucesso, por alguns produtores.
“A separação entre a floresta e a indústria é, cada vez mais, reduzida. Temos vindo a assistir a uma relação contínua e plurianual, com a indústria a intensificar a investigação e a inovação nas práticas florestais.”, afirma João Rui Ferreira, presidente da APCOR, num comunicado enviado às redações.
No âmbito do seu 60.º aniversário, celebrado em Dezembro, a APCOR realizou um encontro que contou com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral. O Governante reforçou o bom exemplo que o setor da cortiça dá ao país e a forma como se soube associar com outros setores e valorizar os seus produtos, encontrando novas soluções, novos mercados e novas aplicações.
“Quem faz inovação na cortiça em 1º lugar e em todo o mundo são as empresas portuguesas”, reforçou o governante no jantar de encerramento do 60º Aniversário da associação do setor.
Sobreiro: a árvore de todos os portugueses
Portugal tem a maior mancha de montado de sobreiro do mundo e 23% da área florestal em Portugal é representada por sobreiros. No final de 2011, o sobreiro foi considerado símbolo nacional, por unanimidade da Assembleia da República, tendo em conta a sua importância económica, social e ambiental.
“O sobreiro é a árvore de todos os portugueses e um forte símbolo do país, reconhecida pela inigualável importância na economia nacional. Neste sentido, é indiscutível que a nossa atenção com as questões florestais seja reforçada.”, sublinha o presidente da APCOR.
A APCOR é a única associação nacional que representa a indústria de transformação da cortiça. A associação possui mais de 270 associados, que representam 80 por cento da produção nacional e 85 por cento das exportações de cortiça e que cobrem todos os sub-setores da indústria – preparação, transformação e comercialização.
Para assinalar os seus 60 anos, a APCOR lançou a publicação “Cork. Comunicação da Cortiça no Mundo” que retrata a forma como a cortiça tem sido comunicada ao longo dos tempos, através de anúncios, da poesia, da arte, da música, da pintura.