Uma equipa da Universidade de Coimbra está a desenvolver uma luva de proteção industrial totalmente biodegradável, que poderá entrar no mercado dentro de dois anos. O objetivo é reduzir os danos ambientais causados pelos materiais usados nas atuais l
Uma equipa da Universidade de Coimbra está a desenvolver uma luva de proteção industrial totalmente biodegradável, que poderá entrar no mercado dentro de dois anos. O objetivo é reduzir os danos ambientais causados pelos materiais usados nas atuais luvas industriais.A multinacional Marigold Industrial desafiou uma equipa da faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) a desenvolver um revestimento biodegradável das luvas, num projeto de investigação financiado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
O objetivo é resolver um problema ambiental provocado pelos atuais materiais tóxicos e não degradáveis usados nas atuais luvas de proteção industrial, explica a FCTUC numa nota divulgada à imprensa a 25 de janeiro.
“O importante é criar uma luva com produtos naturais, mas que não aumentem o preço do produto”, disse à agência Lusa a catedrática Maria Helena Gil, que lidera a equipa de investigação da FCTUC. A grande dificuldade residia em conceber um revestimento biodegradável resistente ao calor, à corrosão e à água, refere a nota da FCTUC.
O projeto está a ser desenvolvido em parceria com a equipa de Investigação e Desenvolvimento da empresa Marigold – um dos líderes mundiais na produção de luvas para uso industrial -, que concebeu um fio natural para a tricotagem de uma luva totalmente biodegradável.
Após diversos estudos com polímeros naturais, como proteína de soja, amido e quitosano, os investigadores “já conseguiram praticamente otimizar o processo”, segundo a docente universitária.
A Marigold Industrial tem uma fábrica em Vila Nova de Poiares, distrito de Coimbra, onde trabalham cerca de 220 pessoas, segundo fonte da empresa.