Portugal acaba de conquistar quatro galardões europeus no âmbito dos Prémios Europa Nostra do Património Cultural da União Europeia (UE), tendo sido distinguido nas áreas de Conservação, Serviço à Comunidade e Educação.
Portugal acaba de conquistar quatro galardões europeus no âmbito dos Prémios Europa Nostra do Património Cultural da União Europeia (UE). No total foram 30 os premiados deste ano, tendo o nosso país sido distinguido nas áreas de Conservação, Serviço à Comunidade e Educação.
Os vencedores foram anunciados esta terça-feira, em Bruxelas, e escolhidos entre 200 candidaturas. Dos 30 premiados, os seis melhores serão ainda galardoados os prémios principais – prémios monetários no valor de 10.000 euros – que serão entregues em Atenas, na Grécia, a 16 de junho.
Um dos projetos portugueses premiados pela União Europeia foi o restauro do Liceu Passos Manuel, em Lisboa que, de acordo com o júri do concurso, “prova que a introdução de infraesturutras atuais e dos serviços necessários para uma aprendizagem contemporânea pode ser compatível com a manutenção do 'tecido' histórico”.
“Não só os elementos históricos foram reutilizados de uma forma bela, como a própria mobília original foi mantida, o que constituiu uma vantagem na adaptação criativa das antigas instalações escolares às necessidades futuras”, considerou o painel de jurados, citado no site oficial dos Prémios Europa Nostra.
Ainda na área da Conservação, também a recuperação do Chalet da Condessa de Edla, em Sintra, mereceu a atribuição de um galardão Europa Nostra. “O júri apercebeu-se do grande charme e da importância deste edifício romântico e ficou impressionado com o seu restauro meticuloso após um incêndio em 1999”, revelou a organização.
Serviço à comunidade e educação também premiados
A Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva foi outro projeto português premiado no âmbito destes galardões, tendo sido distinguido na área dos serviços prestados à comunidade pelo trabalho desenvolvido no sentido de “ensinar às novas gerações o rigor dos antigos mestres” no artesanato tradicional.
“A grande iniciativa a que deu início há 60 anos e que passa por oferecer condições de alta qualidade na formação de artesãos com as técnicas necessárias para restaurar e criar uma variedade de objetos culturais impressionou o júri”, que defendeu ser louvável o esforço para a manutenção de técnicas que, de outro modo, se perderiam no tempo, não chegando às gerações futuras.
Os Prémios Europa Nostra distinguiram ainda, em Portugal, na área da educação, o Projeto SOS Azulejo, que tem sido levado a cabo em Loures e que “torna mais fácil a identificação e recuperação de azulejos roubados”, evitando a destruição do património cultural.
“O facto de já terem alcançado tanto sem um orçamento adicional é um sinal de criatividade, paixão e dedicação de todos os envolvidos”, destacou o júri, que elogiou o facto de o projeto contar com o apoio de universidades e escolas locais.
De recordar que, o ano passado, Portugal, que organizou a cerimónia dos prémios Europa Nostra (realizada no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa) foi também premiado, como o Boas Notícias adiantou à data, pelo restauro dos seis órgãos do Palácio de Mafra, na sequência de um projeto que durou mais de uma década.
Os Prémios Europa Nostra do Património Cultural da União Europeia (UE) foram criados em 2002, fazendo parte da implementação do Programa Europeu Cultura, e são atribuídos anualmente pela Federação pan-Europeia para o Património Cultural Europa Nostra sob a égide da Comissão Europeia.
Clique AQUI para conhecer a lista completa dos 30 vencedores destes prémios.
[Notícia sugerida por Ana Oliveira]