Sociedade

Portugal com idosos mais cultos, ativos e saudáveis

Os idosos portugueses estão mais cultos, saudáveis e ativos, de acordo com um estudo da Rede de Universidade da Terceira Idade (RUTIS).
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Os idosos portugueses estão mais cultos, saudáveis e ativos. A conclusão é de um estudo da Rede de Universidades da Terceira Idade (RUTIS), que adianta ainda que, nos últimos 12 anos, quase duplicou o número dos seniores que afirmam saber ler.
 
No estudo, citado pela Lusa, o presidente da RUTIS – Associação Rede de Universidades da Terceira Idade, Luís Jacob, explica que “temos hoje idosos mais ativos e intervenientes e que procuram crescentemente atividades de lazer e culturais, fruto do seu maior grau de escolarização, de serem autónomos [durante] mais tempo e das portas que o mundo lhes abre, seja presencialmente, seja via internet”.
 
O responsável da RUTIS, também professor de gerontologia, realizou uma análise sobre os idosos enquanto consumidores de cultura e lazer, tendo observado, portanto, “alterações significativas” ao longo dos últimos anos.

“Olhando para o consumidor mais velho notamos várias diferenças entre a situação atual (2012) e [a de] há 20 anos (1990)”, acrescenta Luís Jacob, salientando que “além de um maior número de idosos, estes são mais ricos, mais cultos, mais saudáveis e mais interessados”.

 
Entre os dados divulgados pelo estudo destaca-se o facto de, em 2000, apenas 13% dos seniores afirmarem ler regularmente, número que cresceu para 22% em 2010. Em 1990, a grande maioria era iletrada, sendo que, hoje, a percentagem não ultrapassa os 33%. No mesmo período aumentou também de 11% para 31% a percentagem dos que fazem férias uma vez por ano. 

Melhoria das condições de vida foi determinante

 
Além disso, conforme mostra a investigação efetuada pelo especialista, tem vindo a crescer o número dos idosos que praticam desporto, crescimento para o qual contribuiu a criação de programas desportivos pelas autarquias.

A televisão, a rádio e a “ida ao café” mantêm-se como as principais atividades de lazer, mas, em 2010, 32% dos idosos já utilizavam a Internet e uma percentagem crescente tem vindo a interessar-se pela leitura, pelas viagens, pelos espetáculos culturais e pelo conhecimento. 

 
No entender de Luís Jacob, as mudanças devem-se “à evolução positiva das condições de vida” ocorridas na última década em Portugal. Entre 1990 e 2010, a média das pensões de velhice e invalidez passou de 84,8 euros para 246,4 euros, enquanto a média das pensões de sobrevivência subiu de 50,9 euros para 147,8 euros.
 
Os idosos recebem também, atualmente, uma maior atenção por parte dos cinemas, teatros, museus e transportes, que promovem descontos para a terceira idade e viram aumentar muito significativamente o número de universidades seniores no nosso país, que passaram de 15, em 2001, para 190, em 2012.
 
Em 1990 existiam cerca de 1,3 milhões de idosos, número que subiu para dois milhões em 2010, representando, respetivamente, 13,6% e 19,1% da população. “O Envelhecimento: Encargo ou oportunidade económica?” será tema de debate em Lisboa esta quinta-feira, no âmbito do ciclo de conferências Montepio/Diário Económico.

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