O ano de 2013 foi, até ao momento, o mais renovável deste século em Portugal no que toca à produção e consumo de eletricidade. A produção a partir de fontes renováveis no País foi responsável por 58,3% do total de energia elétrica consumida.
O ano de 2013 foi, até ao momento, o mais renovável deste século em Portugal no que toca à produção e consumo de eletricidade. A produção de eletricidade a partir de fontes renováveis no País foi responsável por 58,3% do total de energia elétrica consumida, um aumento de 20% em relação a 2012.
De acordo com um comunicado da organização ambiental Quercus, baseado nos números publicados pela REN – Redes Energéticas Nacionais no início do mês, considerando apenas a produção energética nacional, a contribuição das energias renováveis em 2013 cifrou-se no valor recorde de 61,7%.
Como resultado deste aumento de produção das renováveis, assistiu-se a uma redução do valor de eletricidade importada em 2,8 vezes, o que, na prática, se traduz num decréscimo de 10% do total consumido.
O contraste entre 2012 (um ano muito seco, 58% dabaixo da média) e 2013 (relativamente húmido, 17% acima da média) levou a que a produção de eletricidade renovável da grande hídrica mais do que duplicasse e o ano que passou foi também favorável em termos de vendo, conduzindo a um aumento de quase 20% da produção de eletricidade a partir desta fonte.
Já em termos de energia fotovoltaica, o aumento da capacidade instalada possibilitou um aumento de 25% em relação a 2012, embora ainda não tenha atingido 1% do consumo, o que revela um imenso potencial de crescimento.
“Continuar a apostar nas energias renováveis”
“Não podemos deixar de continuar a apostar nas energias renováveis e na eficiência energética, permitindo a recuperação da economia sem onerar o ambiente”, defende Francisco Ferreira, coordenador do grupo de energia e alterações climática da Quercus.
Segundo o responsável, para que tal seja possível, “é preciso um investimento na sensibilização e um planeamento adequado do setor energético, também em prol de uma desejável política climática exigente”.
Em virtude deste aumento da produção e consumo de electricidade oriunda de fontes renováveis foi também possível reduzir as emissões poluentes.
Entre 2012 e 2013 verificou-se uma diminuição nas emissões de CO2 na ordem das 2,3 milhões de toneladas, das quais 1 milhão decorreram da redução do recurso às centrais a carvão.
“2013 foi um ano em que se demonstrou a vantagem de Portugal ter apostado nos seus recursos renováveis para produzir eletricidade”, considera António Sá da Costa, presidente da direção da Associação Portuguesa de Energias Renováveis.
“Além de se terem evitado importações de combustíveis fósseis e emissões de gases com efeito de estufa, o facto de 60% da eletricidade consumida ser de origem renovável possibilitou estabilizar o preço deste bem, o que também é positivo para ajudar Portugal a sair da crise”, conclui.
Notícia sugerida por Maria Pandina