Em 2007, Portugal contava com menos de 15 cientistas e cinco equipas ativas no âmbito dos estudos polares. Atualmente, mais de meia centena de investigadores e 15 equipas trabalham nessa área, garante José Xavier à agência Lusa, acrescentando que “os jovens cientistas portugueses demonstraram, durante o Ano Polar Internacional, que com pouco financiamento se pode fazer ciência de excelência”.
“Estamos agora a fazer investigação, quer no Ártico, quer na Antártida, mas em áreas muito diferentes. Temos cientistas de topo a fazer investigação marinha, mas também ao nível terrestre, ao nível atmosférico e mesmo ao nível das ciências planetárias”, frisou.
O investigador do Instituto do Mar da Universidade de Coimbra – que já realizou seis campanhas científicas na Antárctica desde 1997 – vai apresentar estes e outros dados numa conferência internacional em Oslo, Noruega, a propósito do I Encontro de investigadores após o Ano Polar Internacional.
Ainda em Oslo, José Xavier irá apresentar cinco palestras, mas nesse evento participarão igualmente outros cientistas portugueses. Esta será a oportunidade de “confirmar ao nível mundial que Portugal foi mesmo um caso de sucesso e que a ciência polar portuguesa está de saúde”, referiu.