Para aumentar a área irrigada naquele país até 2012, prevê-se a construção de 29 diques de grande porte e mais de 70 furos, equipados com os respectivos sistemas de bombagem e abdução, e três barragens, que serão erguidas pela empresa nacional Monte Adriano.
Estas permitirão acumular cerca de 2100 milhões de toneladas de água, “parte ínfima” da que se perde anualmente para o mar na época das chuvas. A área irrigada também vai aumentar cinco vezes na ilha do Maio e três na Boavista – onde vão atuar a MotaEngil e o consórcio Luiz Frazão/Condoril.
A ideia do executivo caboverdiano é desenvolver a agricultura para fazer crescer o país, gerando emprego – cerca de mil postos de trabalho vão ser criados só para a construção das infraestruturas – e produtos agrícolas, refere à agência Lusa José Maria Veiga, ministro do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos de Cabo Verde.
“É a modernização, a introdução de novas tecnologias, a produção para a redução da pobreza e para a segurança alimentar, a criação de emprego e transformação de Cabo Verde do ponto de vista climático. Criamos novas oportunidades, um novo sistema de micro clima, podemos introduzir inovações no futuro, como o caso da aquacultura, pois as barragens podem ser aproveitadas para produção de peixe, e a energia hidroelétrica, competências que Portugal domina muito bem”, disse o governante.
“Vamos mobilizar mais de seis milhões de toneladas de água por ano. Imagine o que isso representa para Cabo Verde”, acrescentou José Maria Veiga.