O volume de carga movimentada registou, nos primeiros dez meses do ano, o valor mais elevado de sempre com 81,3 milhões de toneladas. O movimento de Contentores registou também a melhor marca de sempre ao ultrapassar o volume de 2,5 milhões de TEU. Sines continua a liderar o movimento portuário, com uma quota de 52,2%, e também o movimento global de contentores, com uma quota de 56,6%.
Os portos comerciais do continente continuam a seguir uma trajetória de crescimento, tendo o volume de carga movimentada registado, nos primeiros dez meses do ano, o valor mais elevado de sempre em iguais períodos. No total registaram-se 81,3 milhões de toneladas, ultrapassando em +5,1% o valor de 2016.
Importa realçar que o maior contributo para o referido desempenho foi dado pelo porto de Lisboa ao registar um acréscimo de +2,1 milhões de toneladas, equivalente a +26%. Nas posições seguintes surgem o porto de Leixões, ao registar um acréscimo de +8,1% (correspondente a +1,2 milhões de toneladas) e uma quota de 20,2%, de Aveiro, com acréscimos de +17% num volume que representa 5,3%, e de Sines, que cresce +0,9% e tem subjacente uma quota de 52,2%.
Sines mantém a liderança do movimento portuário, representando 52,2% do total (-2,2 pontos percentuais face a igual período de 2016), muito devido ao seu desempenho no mercado da Carga Contentorizada, Produtos Petrolíferos e Carvão, sendo seguido por Leixões com 20,2%, Lisboa com 12,6% e Setúbal com 6,9%.
Portos comerciais do Continente
No que respeita ao movimento de Contentores, o conjunto dos portos comerciais do Continente ultrapassaram o volume de 2,5 milhões de TEU nos dez primeiros meses de 2017, estabelecendo assim a nova melhor marca verificada nos períodos homólogos, excedendo a anterior, registada em 2016, em +13,6%. A nível dos portos, idêntica marca foi verificada em Sines e na Figueira da Foz, com variações de +18,3% e 0,7%, respetivamente.
No que respeita ao desempenho global do mercado portuário, importa sublinhar a forte influência do mercado da Carga Contentorizada que contribuiu, positivamente, para o acréscimo de +8,8%, representando assim 35,4% do total, seguida pelo dos Produtos Petrolíferos, que, representando 18,7% do total, registou um crescimento de +16%.
Merece ainda especial destaque o facto de todos os mercados de carga inseridos no perímetro dos Granéis Sólidos terem registado globalmente um crescimento de +13,7%, sendo os mais significativos o dos Outros Granéis Sólidos, que cresceu +16,4% (representando 8,2% do mercado portuário total), do Carvão e dos Produtos Agrícolas, que registaram variações semelhantes na casa dos 12%, com quotas de 7,7% e 6,6%, respetivamente. O mercado da carga Roll-On/Roll-Off justifica também uma referência particular por manter uma trajetória de crescimento acentuado, sendo de +19,5% no período em análise.
O comportamento do mercado portuário no segmento da carga embarcada, no qual as exportações representam mais de 80%, registou nos primeiros dez meses do ano um volume de cerca de 33,1 milhões de toneladas. Este comportamento é fortemente influenciado pelos mercados dos Outros Granéis Sólidos, da Carga Contentorizada e dos Produtos Petrolíferos que, detendo quotas do volume total embarcado, de 11%, 48,2% e 25,1%, registaram crescimentos de +35,7%, +8,1% e de +5,8%, respetivamente.
Em termos de volume global, o porto que registou um maior crescimento de carga embarcada foi o de Lisboa, com +47,1% para uma quota de 13,3%, seguido de Leixões que associa uma quota de 18,9% a um crescimento de +5,3%. De referir que o crescimento de Lisboa justifica-se pelo ciclo de recuperação de tráfego perdido em anos anteriores por efeito, nomeadamente, de perturbações laborais.
No que diz respeito ao segmento da carga desembarcada, no qual as importações representam cerca de 90%, verificou-se, no período janeiro-outubro de 2017, um movimento global de 48,2 milhões de toneladas, para o qual contribuiu com maior significado o tráfego de Produtos Petrolíferos, que registou um acréscimo de +31,3%, fixando a sua quota em 14,3%.
Os portos que induziram um impacto mais significativo no comportamento deste segmento de mercado foram Sines, Aveiro, Leixões e Lisboa, com variações de +5,5%, +25,6%, +9,8% e +13,8%, respetivamente.
Viana do Castelo, Figueira da Foz, Setúbal e Faro são os portos que apresentam um perfil de porto “exportador”, registando, entre janeiro e outubro de 2017, um volume de carga embarcada superior ao da carga desembarcada, com um quociente entre carga embarcada e o total movimentado, no período em análise, de 81,2%, 63,5%, 58,3% e 100%, respetivamente