Mal haja luz verde do Ministério da Saúde, o projeto arrancará com o programa de recrutamento. “Vamos divulgar informação e contactar as universidades para angariar dadores. É o local indicado porque estamos perante jovens saudáveis. Também faremos o mesmo quando avançarmos na recolha de ovócitos”, explicou ao DN Joana Guimarães, diretora do Centro de Medicina da Reprodução do centro hospitalar.
Eurico Reis, que assinou recomendações no sentido da criação da unidade, refere que “o ideal seria ter dois bancos em locais diferentes, sobretudo por causa das dadoras, que têm de se sujeitar a processos invasivos para extracção de óvulos, o que dificulta deslocações”.
O pagamento preocupa Calhaz Jorge, presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução. “Apesar de o centro já ter condições e equipamentos, não sei se haverá verbas para avançar. Mas temos esperança.” Alberto Barros, que ajudou a fundar um centro que agora está no São João, e Filomena Gonçalves, da Associação Portuguesa de Fertilidade, congratulam-se com a aprovação de uma solução que tem beneficiado centenas de casais, mas que deve crescer assim que haja uma oferta alargada.