O banco será instalado no Centro Hospitalar do Porto e procederá ao recrutamento e selecção de dadores de esperma e ovócitos para dar resposta aos muitos casais que não conseguem engravidar por razões biológicas.
De acordo com a edição desta quinta feira do jornal Público, até agora, os centros que fazem procriação medicamente assistida (PMA) em Portugal são obrigados a recorrer a gâmetas de outros países, importando sobretudo esperma.
O secretário de Estado adjunto e da Saúde esclareceu ao jornal que o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida [CNPMA] aceitou a candidatura do Centro Hospitalar do Porto em ser responsável pela criação e manutenção do banco e que reúne as “condições para arrancar desde já”.
O programa arranca com um financiamento de 200 mil euros no primeiro ano e deverá começar por responder às necessidades do Centro de Medicina de Reprodução da Maternidade Júlio Dinis. De forma gradual irá depois estar em condições para fornecer células reprodutivas a outras unidades públicas e privadas.
Os dadores vão receber uma compensação financeira pelo tempo perdido e pelo incómodo que ronda os 42 euros, no caso da doação de esperma, e os 628 euros para a doação de ovócitos. A diferença no valor da compensação difere porque no caso feminino as mulheres têm de ser submetidas a tratamentos de estimulação ovárica com potenciais riscos para a saúde.