Além da guloseima típico da Páscoa, a fábrica vai também produzir doces conventuais durante todo o ano, como aliás já é tradição da família Vintém, que há um século se dedica à confeção artesanal desses produtos.
Em fevereiro de 2008, a fábrica de Portalegre, que operava sazonalmente, fechou as suas portas, após a ASAE ter "aconselhado" o seu encerramento por "falta de espaço".
"Custou-nos muito deixar de produzir e às pessoas também, porque estavam habituadas nesta época às amêndoas e ainda hoje nos batem à porta a procurar se temos algumas para vender", declarou José Paulo Vintém.
Produzidas à base dos frutos provenientes de amendoeiras da região, o doce era confecionado em redor de duas caldeiras aquecidas, que rodam sem parar cerca de oito horas, tempo que dura a produção. Açúcar e chocolate eram juntados à mistura, até que a amêndoa adquirisse a textura e tamanho normais. As caldas eram produzidas à parte, em tachos de cobre.
Em 2007, as amêndoas de Portalegre tinham um preço de mercado de dez euros o quilograma, sendo também comercializadas em pacotes de 250 gramas.