A Deusto Business School e a empresa de inovação 3M, apresentam um estudo para entender o fenómeno que levou o génio humano aos seus níveis mais elevados durante o Renascimento e porque vai voltar a brilhar na era digital, a polimatia. A polimatia é a capacidade de alcançar a excelência em duas ou mais áreas de conhecimento pertencendo a expressões diferentes do génio humano, com uma combinação de estruturas que podem proceder de campos tão diversos como as artes, as ciências, os negócios, o desporto, a tecnologia ou as humanidades.
Teria um génio como Leonardo Da Vinci ficado na história se tivesse nascido na nossa era? As mentes de Copérnico ou Francis Bacon teriam brilhado no mundo atual, tão marcado pela especialização? Num cenário acelerado, em que a cada 10 anos se duplica a produção cientifica, a polimatia parece fazer um novo sentido. A mudança tecnológica e a concorrência global geram mais incentivos do que nunca para inovar e a economia digital é um terreno fértil para que o polímata desenvolva todo o seu talento, pois uma mente habituada a questionar constantemente a realidade com facilidade para a aprendizagem e capacidade para encontrar soluções imaginativas, é especialmente útil em novos cenários.
Neste contexto, os trabalhadores mais valiosos do futuro não serão os melhores engenheiros ou programadores, serão os polímatas, pessoas com grandes conhecimentos técnicos, mas também capazes de compreender as necessidades da empresa e dos seus clientes. A razão é que o êxito empresarial é determinado não tanto pelo grau de sofisticação tecnológica dos desenvolvimentos, mas sim, pela sua adaptação à vida das pessoas.
Durante os últimos dois séculos a sociedade ocidental sustentou-se sobre o paradigma da hiperespecialização, o que faz com que pareça uma raridade, que existam profissionais que se destaquem em áreas tão diferentes como a ciência e as artes, por exemplo.
Nunca antes, esteve tão ao nosso alcance a possibilidade de desenvolver a polimatia graças às novas tecnologias. Atualmente é possível aceder a qualquer tipo de conhecimento através não só de livros, como também através de vídeos ou MOOCs (Massive Online Open Courses).
Na opinião de Francisco González-Bree, professor de inovação da Deusto Business School e coautor do estudo “A inovação requer um aprofundamento do chamado “efeito Medici”, que procura inovações nas interseções de setores e disciplinas. Na Deusto Business School fomentamos essa procura e acreditamos firmemente na inovação como uma alavanca indispensável para o crescimento e a sustentabilidade das empresas”.
Segundo Estrella Cabrero, responsável de inovação da 3M Ibéria: “A inovação contínua é agora mais necessária do que nunca devido à mudança tecnológica e à competitividade global. As empresas estão a gerar um valor incrível através da união de diferentes ramos da tecnologia para criar novos produtos, serviços e processos complexos destinados a resolver os grandes e pequenos problemas do mundo”.
Em resumo, numa sociedade ainda hiperespecializada, a polimatia revela-se como um elemento chave de inovação, que muitas empresas já estão a aproveitar.
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