O relatório assinala que Portugal foi, entre os países membros, aquele que registou uma evolução mais positiva do rendimento real desde meados dos anos 80 até ao meio da década passada.
Contudo, o país mantém indicadores negativos em termos de corrupção, desemprego e desigualdade salarial, refere o relatório que foi apresentado apresentado em Paris.
O aumento de rendimento real em Portugal nessas duas décadas, segundo o “outlook” da OCDE, foi de 4,2%, apenas atrás do registado pela Irlanda e um pouco acima do conseguido pela Espanha no mesmo período.
O “Panorama de Indicadores Sociais”, divulgado de dois em dois anos pela OCDE, quantifica em detalhe o estado de progresso social dos países da OCDE e procura identificar as tendências a partir das estatísticas disponíveis.
Apesar deste aumento do rendimento real, Portugal está ainda abaixo da média dos países da OCDE em termos de rendimento médio disponível por família, com 13 mil dólares anuais (cerca de 9 mil euros), equivalente ao da República Checa e apenas superior a alguns países do Leste europeu e do Chile, Turquia e México.
Portugal continua também com um indicador de pobreza superior ao do conjunto dos membros da OCDE, medido pela percentagem de pessoas que vivem com menos de metade do rendimento médio familiar (13,6% em Portugal, 11,5 % para o conjunto da OCDE).