Basta olharmos à nossa volta para percebermos: o plástico está em todo o lado. Calcula-se que por ano sejam consumidas 300 milhões de toneladas deste material tão prático como maldito. Mas em breve esta realidade pode mudar.
Basta olharmos à nossa volta para percebermos: o plástico está em todo o lado. Calcula-se que por ano sejam consumidas 300 milhões de toneladas deste material tão prático como maldito. Mas em breve esta realidade pode mudar: há cada vez mais empresas a desenvolver alternativas sustentáveis ao plástico que vem do petróleo.
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O engenheiro indonésio Sugianto Tandio tem vindo a desenvolver, nos últimos 10 anos, alternativas ao plástico amigas do ambiente e, finalmente, conseguiu. Recentemente foi registada a patente de dois materiais, o OXIUM e o ECOPLAS.
O Oxium é, “apenas”, um aditivo que ao ser embebido no plástico comum acelera a degradação do polietileno. Segundo a empresa, um saco de plástico que contenha Oxium degrada-se em apenas dois anos, em oposição aos sacos tradicionais que podem demorar 500 anos a desaparecer.
Mas a grande estrela da empresa Tirta Marta – que se dedica há várias décadas à produção de sacos e embalagens – é o ECOPLAS, um polímero bio-degradável feito a partir de tapioca e que se pode decompor em apenas duas semanas, se for enterrado no solo rico em micróbios e insetos.
Neste momento são já várias as marcas internacionais que usam soluções da Tinta Marta, sendo que a multinacional Unilever colocou, recentemente, a empresa indonésia entre os seus parceiros fundamentais.
Brasileiros criam “esferovite” de mandioca
Também a empresa brasileira OKA Bioembalagem está empenhada nesta luta contra o plástico vindo do petróleo criando uma espécie de esferovite que pode mesmo ser ingerido por humanos.
A partir da massa de mandioca, tratada a altas temperaturas, a empresa criou uma série de embalagens (caixas de ovos, tabuleiros, caixas de comida, copinhos) que são não-tóxicas, possuem alta plasticidade e rigidez, são isolantes termo-acústicos e resistentes a temperaturas de até 200 graus Cº.
Segundo a OKA, estas embalagens podem ser descartadas em qualquer solo uma vez que “se degradam naturalmente, podendo servir inclusive como ração animal, ou podem ser recicladas no processo produtivo ou compostadas, alimentando a terra”.
Notícia sugerida por António Resende
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