A investigação da North Dakota State University, publicada esta semana na revista científica Angewandthe Chemie, utilizou blocos de construção de moléculas, a partir de frutose, que são transformadas em polímeros para gerar um tipo de plástico mais sustentável.
Os cientistas envolvidos centraram-se no estudo da biomassa, ao utilizar frutose, que se encontra geralmente na fruta, e sementes oleaginosas provenientes de culturas agrícolas, de onde extraíram celulose, lignina e sacarose.
A biomassa utilizada resultou numa solução de moléculas posteriormente convertidas num polímero, que por sua vez deu origem ao plástico.
Este tipo de plástico, quando exposto a luz ultravioleta a 350 nanómetros (comprimento de onda) durante três horas, desintegra-se, fazendo com que seja transformado novamente nos blocos de construção de moléculas solúveis, forma que assume inicialmente.
“A nossa estratégia tem potencial para construir novos materiais a partir de biomassa, que são degradáveis através da luz depois da sua utilização”, afirmou Sivaguru Jayaraman, investigadora na UDN.
O plástico convencional pode demorar centenas de anos a deteriorar-se e, ao fazê-lo, liberta químicos para o meio ambiente e cria toxinas no ar quando queimado, tendo-se tornado num problema global ao nível da gestão dos resíduos sólidos.
“Esta abordagem (…) oferece um enorme potencial científico para eventuais produtos que podem diminuir a dependência dos combustíveis fósseis e diminuir a quantidade de matérias-primas necessárias”, explica Dean Webester, investigador e professor da UDN, em comunicado da universidade.
A durabilidade e resistência do novo tipo de plástico ainda tem de ser submetidos a mais estudos, antes de se considerar a sua comercialização, sendo que nos próximos dois anos a equipa vai estudar a forma como pode ser utilizado em automóveis e dispositivos eletrónicos.
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Notícia sugerida por Vítor Fernandes