Uma empresa em Palaçoulo, no concelho de Miranda do Douro, conseguiu aumentar a sua faturação em mais de 40% graças à crescente exportação de pipas e barricas para a China. Em 2013, as receitas ultrapassaram mesmo os 6 milhões de euros.
Uma empresa em Palaçoulo, no concelho de Miranda do Douro, conseguiu aumentar a sua faturação em mais de 40% graças à crescente exportação de pipas e barricas para a China. Em 2013, as receitas ultrapassaram mesmo os 6 milhões de euros.
“Depois de ultrapassados os trâmites legais, conseguimos ganhar dois concursos em que parte das barricas foram exportadas em 2013 e outra parte já em 2014, o que fez alavancar a nossa faturação em cerca de 40%”, revela Sérgio Gonçalves, um dos sócios gerentes da tanoaria, à Lusa.
A oportunidade de negócio surgiu com o conhecimento dos responsáveis relativamente à abertura de concursos públicos que contemplavam produtos portugueses, entre os quais pipas e barricas para vinho.
“Os primeiros contratos rondam os quatro milhões de euros”, avança. “Temos boas perspetivas de futuros negócios com a China e acreditamos que estas duas primeiras encomendas não serão certamente um caso isolado de mercado.”
Os responsáveis não duvidam de que a China tem futuro na produção de vinhos, afirmando mesmo que, dentro de poucos anos, esta poderá ser uma dos maiores produtores mundiais e daí ser um mercado com “potencial no setor”.
“Os clientes chineses já visitaram a empresa e penso que o retorno é altamente positivo”, acrescenta, sublinhando, no entanto, que o mercado chinês é exigente quando estão causa “verbas muito elevadas”.
Estas exportações vêm, assim, colmatar uma lacuna deixada pelos mercados espanhol, francês e italiano, que, à semelhança do português, atravessam um período de crise económica e financeira. “Como estes mercados estavam em decrescendo de procura, o asiático permitiu-nos aumentar a faturação da empresa”, esclarece o responsável.
Atualmente, esta tanoaria transmontana conta já com mais de 40 trabalhadores, o que faz da empresa a maior do ramo em Portugal e uma das maiores da Península Ibérica no que respeita a barricas produzidas a partir de carvalho francês.
Para dar resposta às encomendas, em 2013, a empresa foi obrigada a criar mais postos de trabalho e a fazer um investimento na ordem dos 600 mil euros.